Empresariado está menos confiante na economia em Minas

20 de novembro de 2021 às 0h29

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Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) aponta que os empresários mineiros estão menos confiantes diante da economia. O levantamento divulgado na sexta-feira (19) pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) aponta um recuo de 2,5 pontos na comparação com outubro (58,1 pontos), marcando 55,6 pontos em novembro. Mesmo com a queda no indicador, a pesquisa mostra que os industriais continuam confiantes.

A manutenção da confiança vem sendo explicada, de acordo com a Fiemg, principalmente, pelo avanço da vacinação e pelo maior controle da pandemia, com consequente normalização das atividades.

Por outro lado, segundo a economista e analista de finanças empresariais da Fiemg, Daniela Muniz, a tendência de recuo no índice observada no último trimestre reflete as dificuldades enfrentadas pelo setor e a elevação das incertezas para os próximos meses. “Os seguidos aumentos da inflação, a alta na taxa básica de juros, a falta de matérias-primas, crise hídrica e as incertezas políticas acabaram comprometendo o consumo das famílias, o que refletiu diretamente na produção das indústrias, pois as pessoas tiveram o poder de compra reduzido, afetando assim o setor de bens e serviços”, explica.

A pesquisa mostra que o indicador diminuiu 8,3 pontos ante novembro de 2020 (63,9 pontos) e foi o menor para o mês em cinco anos no Estado. “Considerando que, no segundo semestre do ano passado, a indústria teve uma recuperação acima da média e por isso tivemos números muito altos para a comparação. Agora, a tendência é a de que o crescimento entre na normalidade”, pontua a economista.

No Brasil, a queda foi de 1,8 ponto frente a outubro (57,8 pontos), registrando 56 pontos em novembro, mas os empresários brasileiros permanecem confiantes.

Segundo Muniz, a grande dificuldade de manter a confiança do empresariado é a falta de matéria-prima e insumos para deixar os estoques estáveis. “A falta desses componentes compromete a produção de vários setores, o que também acaba elevando o custo da produção. Um dos exemplos é a indústria automotiva, que está sofrendo com a escassez de chips, o que afetou diretamente o estoque de automóveis”, esclarece.

Próximos meses

Apesar dos números elevados de desemprego, o setor da indústria está contratando, de acordo com a pesquisa da Fiemg, porém, em média escala, já que a produção em algumas indústrias não está em pleno funcionamento.

A economista da Fiemg avalia que a tendência é a de que as indústrias consigam recuperar a capacidade de produção e investir em melhora de maquinário, processo de produção, gerando mais investimentos e emprego para o Estado.

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