Expectativas ficam dentro da meta

12 de janeiro de 2019 às 0h01

Rio de Janeiro – O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse na sexta-feira (dia 11) que mais importante do que o desempenho comportado da inflação em 2018 é o fato de que as expectativas de inflação para os próximos anos encontram-se também em torno da meta estabelecida pelo governo, o que atribuiu ao trabalho do BC e à credibilidade da política monetária.

“O IBGE divulgou inflação corrente de 2018 de 3,75%, em torno da meta, e mais importante as expectativas de inflação para os próximos anos também (estão) em torno da meta”, disse Ilan, em referência às projeções coletadas na pesquisa Focus.

“Num regime de metas para a inflação, a confiança de que a política monetária será ajustada quando houver desvios relevantes leva à ancoragem das expectativas de inflação em torno da meta, como é o caso hoje”, afirmou Ilan, na abertura de evento institucional do BC sobre a história da autoridade monetária.

De acordo com o levantamento mais recente, feito pelo BC junto a uma centena de economistas, a estimativa é de que a inflação fique em 4,01% em 2019, 4,0% em 2020 e 3,75% em 2021 – em todos os casos rondando as metas, que são, respectivamente, de 4,25%, 4,0% e 3,75%, sempre com margem de 1,5 ponto para mais ou para menos.

“Isso é sinal de credibilidade da política monetária e fruto do resultado do trabalho de todos vocês ao longo de décadas”, completou ele, saudando a gestão de ex-presidentes do BC, com vários deles presentes no auditório.

Em 2018, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou com alta de 3,75%, abaixo do centro da meta do governo de 4,5%, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto, em meio a um cenário de atividade econômica sem fôlego, desemprego alto e demanda fraca.

Em seu pronunciamento, Ilan também destacou que manter o controle da inflação é trabalho contínuo e reiterou mensagem que vem repetindo há tempos, de que a continuidade dos ajustes de reformas e ajustes na economia é essencial para inflação baixa no médio e longo prazo, para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia.

“A manutenção de um ambiente macroeconômico estável e previsível no médio e longo prazo é que poderá trazer grandes benefícios à população”, disse o presidente do BC. (Reuters)

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