Indústria de bens de capital em MG registra crescimento de 3%

30 de janeiro de 2019 às 0h08

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Crédito: Alisson J. Silva

O setor de máquinas e equipamentos do Estado encerrou 2018 com avanço de 6% no faturamento em relação ao ano anterior. Embora positivo, o resultado ficou aquém das expectativas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) regional Minas Gerais, que esperava fechar o exercício com números na casa dos dois dígitos.

De acordo com o membro do Conselho da Abimaq-MG, Marcelo Luiz Veneroso, o desempenho foi influenciado pela retração dos negócios nos últimos dois meses do ano passado. Somente em dezembro, as receitas das indústrias de máquinas e equipamentos mineiros registraram baixa de 1,5% sobre o mesmo mês de 2017. Sobre novembro, o recuo foi de 15%.

“O crescimento de Minas Gerais não correspondeu às expectativas em 2018, devido à queda inesperada dos últimos dois meses. Dezembro costuma ser um pouco melhor em termos de faturamento, quando as empresas fazem um esforço maior para alcançar as suas metas anuais. Todavia, o resultado do faturamento de dezembro caiu 15%”, comentou.

Ainda conforme Veneroso, o cenário eleitoral também influenciou o resultado. Segundo ele, em outubro já houve uma parada nas encomendas, em virtude não somente do cenário conturbado, mas também das incertezas quanto ao futuro econômico e político do País.

De toda maneira, o resultado positivo da atividade veio após cinco anos consecutivos de queda no faturamento, acumulando 60% de perdas em Minas Gerais. Por isso, o crescimento de 6% ainda é bastante inferior ao necessário para repor os prejuízos dos últimos exercícios.

“Mesmo que a atividade tenha apresentado desempenho superior a outros setores no Estado, mostrando o início de uma recuperação após o período longo de recessão, vale destacar que isso ocorreu em função de uma base muito fraca, uma vez que foi um dos segmentos mais atingidos pela crise brasileira”, ressaltou.

Sobre as expectativas para 2019, o dirigente disse que ainda é cedo para qualquer projeção. Por isso, segue o otimismo da entidade nacional e projeta um crescimento entre 5% e 6% para este exercício sobre o ano anterior.

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Agenda – “As propostas do novo governo muito nos agradam e vão ao encontro da agenda de competitividade da indústria e especificamente do setor de máquinas e equipamentos, mas precisamos aguardar para ver o que efetivamente vai ocorrer”, destacou.

Neste contexto, o presidente-executivo da Abimaq nacional, José Velloso, complementou que as propostas do ministro da Economia, Paulo Guedes, são muito parecidas com a pauta de reivindicações do setor. “O programa do governo federal fala de juros, reforma tributária e encargos trabalhistas, por exemplo. Todas estas questões também são tratadas e reivindicadas como prioridades pelo setor de bens de capital. Por isso, o que a nova agenda traz, já nos anima bastante. Resta saber, porém, como estes pontos serão trabalhados daqui para frente”, ponderou.

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