Formalização de MEIs cresce 19,5% em MG, com desemprego

5 de setembro de 2020 às 0h17

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Crédito: Freepik

A crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19 está estimulando a criação de novos microempreendedores individuais (MEI) em Minas Gerais, uma vez que há falta de empregos.

De acordo com dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), o Estado encerrou agosto com um total de 1,21 milhão de MEIs formalizados, o que representa um avanço de 19,5% sobre o mesmo mês do ano anterior, quando em Minas estavam registradas 1,01 milhão de microempreendedores individuais.

Conforme os dados de janeiro a agosto, houve a formalização de 119 mil novos microempreendedores individuais no Estado, o que representa um avanço de 10,9% acumulado nos primeiros oito meses de 2020. O crescimento das aberturas vem sendo registrado mês e mês e a tendência é de manutenção da alta.

De acordo com a analista do Sebrae Minas Laurana Viana, o aumento no número de formalizações de novos microempreendedores tem pontos negativos e positivos. Nos últimos meses, a abertura tem sido motivada pela necessidade decorrente da falta de empregos, um dos principais impactos gerados pela pandemia. O fator negativo é que muitas pessoas devido à grande necessidade de obter renda, acabam formalizando um negócio sem um planejamento inicial, o que coloca a sobrevivência da empresa em risco.

Empreendedorismo por necessidade – “Estamos vivendo um momento de aumento do desemprego e as pessoas precisam de renda. Como elas estão perdendo os postos de trabalho e precisam desenvolver uma atividade que gere renda, acabam formalizando um negócio devido à urgência, mas sem planejamento mínimo e só pensando no imediato. É um risco muito grande de não ter sucesso nos negócios”.

Ainda segundo Laurana Viana, mesmo a empresas sendo abertas de forma a suprir uma necessidade imediata, é importante que o microempreendedores faça um planejamento, definindo alternativas para o negócio no médio e longo prazos.

A analista do Sebrae cita, como exemplo, empresas que estão sendo constituídas para a fabricação de máscaras, que, no momento, estão com a demanda elevada. É importante que se tenha um plano B e um C, caso a demanda pelo produto de primeira alternativa reduza.

“É importante ter outras alternativas, caso a primeira opção do negócio tenha a demanda reduzida. Mantendo o segmento de atuação, por exemplo, pode ser um plano B a fabricação de outros acessórios ou roupas. É importante que se estabeleça o que vai fazer quando o aquecimento diminuir, independente do segmento de atuação. Abrir uma empresa sem planejamento prévio e um risco é muito grande de não ter sucesso”.

Por outro lado, a maior formalização dos microempreendedores é positiva. Laurana Viana explica que antes da criação do MEI, em crises econômicas, muitas pessoas que perdiam o emprego partiam para o mercado informal, o que não é interessante, já que o trabalhador não tem benefícios.

“Neste ano, a maioria das MEIs está sendo criada por pessoas que perderam os postos de trabalho e buscam por renda. Elas também querem formalizar a atividade para ter maior segurança. Ao formalizar a atividade, a pessoa passa a ter uma série de benefícios, desde a cobertura previdenciária até o maior acesso às opções de crédito. Devido à pandemia, foram criadas várias linhas de crédito, com condições especiais e que podem auxiliar os empreendedores”, explicou.

A analista do Sebrae Minas ressalta que os microempreendedores podem buscar auxílio para a formalização da atividade e criação de um planejamento junto à entidade. São várias ações desenvolvidas, incluindo conteúdos de orientação e capacitação disponíveis no site e nas redes sociais do Sebrae Minas.

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