Inadimplência recua na capital mineira

21 de janeiro de 2020 às 0h13

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Crédito: Marcos Santos/USP Imagens

A retomada gradual da economia tem contribuído para a redução da inadimplência e das dívidas em atraso das famílias. De acordo com os dados da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), em dezembro de 2019, houve uma redução de 5,57% no número de dívidas em atraso se comparado com igual mês de 2018.

A queda é considerada importante uma vez que as famílias estão retomando as condições de consumir novamente.

O Indicador de Dívidas da CDL-BH, na comparação com o mês anterior (dezembro com novembro), mostra houve queda de 0,7% no número de débitos em atraso. De acordo com os dados da CDL-BH, a maioria das dívidas (7,8%) ficou concentrada entre as pessoas com mais de 65 anos.

Nessa faixa de idade encontram-se os aposentados, que normalmente têm um aumento de gastos com a saúde e a alimentação, reduzindo a capacidade de pagamento dos débitos. Entre os gêneros, houve queda em ambos, com maior concentração entre os homens (com redução de 7,35%). Entre as mulheres, a queda no número de dívidas foi de 5,95%.

O levantamento também mostrou que desde 2010, ano início da série histórica, o consumidor de Belo Horizonte não apresentava um número tão baixo de dívidas. Em dezembro de 2019, o número médio de dívidas por consumidor foi de 1,914, enquanto em igual mês de 2018, o índice era de 2,008 dívidas para cada consumidor.

Comparando dezembro de 2019 com o mesmo mês do primeiro ano da série histórica, 2010, houve uma queda de 21,94% nas dívidas, que somavam uma média de 2,452 por consumidor no período.

A economista da CDL-BH, Ana Paula Bastos, explica que fatores como a melhora dos níveis de empregos e a queda das taxas de juros, por exemplo, tem contribuído para que as famílias consigam quitar as dívidas.

“Em 2019, contribuiu para a quitação dos débitos os saques do FGTS, a inflação controlada e a queda dos juros, que permite a melhor negociação das dívidas. Além disso, a retomada dos empregos capitaliza as famílias, que priorizam a quitação das dividas. Outro fator foi o pagamento do 13º salário, geralmente, as pessoas utilizam a primeira parcela para a quitação de débitos”.

Os fatores citados por Ana Paula também foram fundamentais para a redução da inadimplência dos consumidores de Belo Horizonte. A pesquisa da CDL-BH mostrou que a inadimplência entre os consumidores da Capital apresentou, em dezembro de 2019, na comparação com o mesmo mês de 2018, redução de 0,95% no número de consumidores com o nome inscrito no cadastro de devedores do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Na variação mensal (dezembro e novembro de 2019), a inadimplência retraiu 0,62%.

Em dezembro de 2019, frente igual mês de 2018, entre os gêneros, o número de devedores apresentou redução em ambos, porém a retração foi menor para o público feminino, com queda de 1,42%, enquanto no masculino a redução foi de 2,73%. A diferença é justificada pela taxa de desemprego mais elevada entre as mulheres e pelos rendimentos reais serem menores.

Expectativa – Com a retomada da atividade econômica, a expectativa é que a inadimplência na capital mineira continue em queda.

“A redução das dívidas em atraso e da inadimplência são importantes porque os consumidores retomam ao mercado. As pessoas estão quitando os débitos e, isso, tem impacto positivo nos comércio fazendo com que as vendas cresçam”.

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