Intenção de consumo avança em novembro e atinge maior nível desde maio

27 de novembro de 2020 às 0h14

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Crédito: Adão de Souza-PBH

Rio de Janeiro – A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu 0,8% em novembro e alcançou 69,8 pontos – o maior patamar desde maio de 2020. Foi o terceiro aumento seguido do índice após os efeitos negativos da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

Mesmo com as recentes altas, o indicador registrou o pior desempenho para um mês de novembro desde o início da série histórica, em janeiro de 2010. Além disso, no comparativo anual, houve recuo de 26,7% – a oitava retração consecutiva nesta base comparativa. A ICF está abaixo do nível de satisfação (100 pontos) desde abril de 2015.

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os resultados da pesquisa indicam a confiança dos brasileiros na recuperação econômica. “A melhora das percepções em relação ao mercado de trabalho e a continuidade do auxílio emergencial, mesmo em valor menor, foram o suficiente para levar segurança para os consumidores, principalmente no longo prazo”, afirmou, em nota, Tadros.

Em relação ao momento atual, o item referente à renda se destacou, voltando a subir (+0,2%) depois de sete quedas consecutivas e chegando a 77 pontos – após atingir o menor patamar da série histórica em outubro.

“Os dados mais positivos da economia estão incentivando as famílias a ficarem mais confiantes em relação ao seu poder de compra futuro, o que explica este avanço no indicador da renda atual”, disse Catarina Carneiro da Silva, economista da CNC responsável pelo estudo.

De acordo com a CNC, o subíndice que mede a satisfação dos brasileiros com relação ao emprego registrou o terceiro crescimento seguido (+0,6%) e permaneceu como o item de pontuação mais elevada (86,8 pontos).

O subíndice que avalia a perspectiva profissional dos brasileiros para os próximos seis meses também se destacou positivamente, impulsionado pelo aumento do indicador referente ao emprego atual. O item apresentou o maior crescimento mensal em novembro (+3,3%) – a quarta alta consecutiva –, chegando a 82,2 pontos. A perspectiva de consumo também apresentou alta: com aumento de 1,4%, atingiu 65,1 pontos, após ter acumulado duas quedas seguidas. (ABr)

Confiança do setor registra 2º recuo consecutivo

Rio de Janeiro – O Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve queda de 2,3 pontos em novembro na comparação com outubro. Essa foi a segunda queda consecutiva do indicador, que chegou a 93,5 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.

Em novembro, a confiança recuou em quatro dos seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual, que mede a confiança do empresário do comércio brasileiro no presente, caiu 5,4 pontos e passou para 99,7 pontos.

O Índice de Expectativas, que mede a confiança do empresário no futuro, por outro lado, cresceu 0,9 ponto e chegou a 87,5 pontos.

“A piora no mês foi influenciada pela percepção de redução do ritmo de vendas e ligeiro aumento das expectativas em relação aos próximos meses, mas ainda em patamar baixo. A dificuldade na recuperação da confiança do consumidor, a redução dos benefícios do governo e o cenário ainda negativo do mercado de trabalho sugerem que a retomada do comércio ainda pode encontrar mais obstáculos e que o ritmo pode ser mais lento do que o observado nos últimos meses”, afirma o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler. (ABr)

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