MG responde por 18,7% da energia solar no Brasil

15 de outubro de 2021 às 0h30

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Com 1.142,9 megawatts em operação, Minas é líder nacional em potência instalada de energia solar em telhados e pequenos terrenos | Crédito: Divulgação

Levantamento feito pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) aponta que a energia solar no Brasil atingiu a marca histórica de 7 gigawatts (GW) de potência, o que equivale à metade de toda a capacidade da usina hidrelétrica de Itaipu.

E Minas Gerais tem contribuição significativa nesse processo. O Estado é considerado o primeiro em potência instalada de energia solar em telhados e pequenos terrenos. Segundo mapeamento recente da Absolar, a região possui 1.142,9 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

O território mineiro responde sozinho por 18,7% de todo o parque brasileiro de energia solar na modalidade e possui 101.606 conexões operacionais, espalhadas por 843 cidades ou aproximadamente 98,8% dos 853 municípios da região. Atualmente, são cerca de 137.269 consumidores de energia elétrica que contam com redução na conta de luz e maior autonomia e segurança elétrica.

Segundo o diretor comercial da Genyx Solar Power e coordenador estadual da Absolar em Minas Gerais, Bruno Catta Preta, desde 2012 a geração própria de energia solar já proporcionou ao Estado a atração de mais de R$ 5,8 bilhões em investimentos, geração de mais de 34,2 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos.

“A região do Norte de Minas é a mais atrativa para as chamadas fazendas solares. São locais onde não há produção agrícola, por isso os terrenos têm o custo mais barato e a região é mais propícia para o índice de radiação solar”, explica.

Catta Preta esclarece que o Estado tem legislação própria para a produção de energia solar em Minas Gerais, o que acaba atraindo investidores. “Atualmente, o Estado concede a isenção para geração distribuída de energia solar com capacidade de até 5 MW por meio de legislação própria e até 1 MW para as demais fontes de geração distribuída por adesão ao Convênio Confaz 16/2015. A Lei 23.762 prevê a ampliação para até 5 MW dessas demais fontes”.

Ainda de acordo com a associação, o País possui atualmente mais de 611 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental para mais de 765 mil unidades consumidoras. “Desde 2021, foram mais de R$ 35,6 bilhões em novos investimentos, que geraram mais 210 mil empregos acumulados no período, espalhados ao redor de todas as regiões do Brasil”, reforça Catta Preta.

Alternativas

Bruno Catta Preta avalia ainda que a energia solar pode ajudar o País a passar pela atual crise hídrica. “As energias renováveis são sempre bem-vindas. A eólica ainda é a de maior custo. As termelétricas, que estão sendo utilizadas para atender a alta demanda, são poluentes e também têm um custo elevado, como estamos pagando nas contas de energia elétrica. O ideal é termos alternativas renováveis que possamos contar e que não afetem o meio ambiente”, pontua.

O mesmo pensamento é compartilhado pelo empresário da CMU Comercializadora de Energia, Walter Luiz de Oliveira Fróes, que avalia um gerenciamento adequado de todas as fontes de energia elétrica renováveis. “A energia solar é ótima quando tem sol, a eólica quando tem vento e a hidrelétrica quando tem água. O que deve ser feito é um equilíbrio entre o uso desses equipamentos”, reforça.

Fróes destaca que há hidrelétricas no País que trabalham sem reservatórios, o que prejudica a produção de energia elétrica. “A hidrelétrica de Belo Monte, por exemplo, não tem reservatório. Foi construída de uma maneira errada. O reservatório é uma maneira de produzir energia elétrica em tempos de crise hídrica”, opina. 

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