Minas continua estratégica para a FCA

9 de janeiro de 2019 às 0h05

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Fábrica na Região Metropolitana de Belo Horizonte vai receber 57,1% dos aportes previstos pela companhia na América Latina - Foto: Alisson J. Silva

A Fiat Chrysler Automobiles (FCA), com seu maior parque produtivo no mundo instalado em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), reafirma e consolida seu DNA mineiro com seu plano de investimentos na América Latina. Entre 2018 e 2023, a montadora planeja investir R$ 14 bilhões no continente, sendo R$ 8 bilhões só na planta mineira. Além disso, ao assumir o posto de presidente do grupo na América Latina, em meados do ano passado, Antonio Filosa recolocou Minas como o centro de negócios do conglomerado no País e no continente.

Em documento inédito enviado à direção do DIÁRIO DO COMÉRCIO, Filosa reforça a posição de destaque e protagonismo de Minas para as operações e negócios do grupo. “Reforçamos nossa presença institucional na vida mineira, renovando e ampliando a nossa disposição de impulsionar as forças de criação e de produção de Minas, com múltiplas ações de estímulo e patrocínio em inovação, design, cultura, artes, turismo e esportes”, disse Filosa no texto.

Desde 2014, com a retração do mercado automotivo nacional, a FCA vinha adotando uma série de medidas na planta de Betim, entre férias coletivas, paradas técnicas e licença remunerada, para tentar compensar a queda de vendas. Depois veio a inauguração da fábrica do grupo em Goiana, Pernambuco, em abril de 2015, e, com isso, o temor no mercado mineiro de o Estado perder espaço e foco nos negócios do conglomerado aumentou.

Em 2016, justamente no ano que a planta de Betim completava 40 anos, a montadora italiana perdeu a liderança do mercado nacional de automóveis e comerciais leves, fabricados em Betim, para a GM, depois de segurar a posição por 12 anos ininterruptos, até 2015. Por outro lado, as vendas da Jeep, baseadas no sucesso do modelo Renegade, produzidos em Pernambuco, cresciam mês após mês e o temor de Minas ficar para trás seguia rondando o mercado mineiro.

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Estratégia – Hoje, no entanto, Minas voltou ao centro das atenções do grupo italiano. Com um pacote de investimentos de R$ 14 bilhões na América Latina entre 2018 e 2023, a ideia básica do plano é relançar a marca Fiat, além de fortalecer a Jeep. Tanto que do total programado em aportes no período, R$ 8 bilhões, ou 57,1%, serão aplicados na planta de Betim.

No plano está incluído o lançamento de 25 automóveis, entre novos modelos e fortemente renovados, sendo 15 da marca Fiat, majoritariamente fabricados em Betim. A capacidade instalada da plataforma hoje é de cerca de 650 mil carros por ano e a ideia é alcançar a produção de pelo menos 600 mil veículos até 2022, além do planejamento para desenvolver novos mercados.

Ao encontro deste planejamento, veio junto a internacionalização, em termos de mercado, da planta de Betim, que era uma fábrica voltada basicamente para o mercado nacional e agora se direciona para toda a América Latina. Tanto é que as exportações e também as importações de veículos de Minas Gerais vêm crescendo nos últimos anos graças às operações internacionais da FCA/Fiat no continente latino-americano.

Ao mesmo tempo, apesar de ainda não ter recuperado a liderança nacional do mercado de automóveis e comerciais leves, as vendas da marca Fiat, da FCA, aumentaram 11,8% em 2018 em relação às de 2017. A montadora fechou o ano passado na terceira posição do ranking do segmento, atrás da GM e da Volkswagem do Brasil.

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