Produção mineira de aço tem alta de 1,27%
No último mês, crescimento foi de 1,27%, mantendo o Estado na liderança em termos produtivos no Brasil
19 de maio de 2022 às 0h29
Minas Gerais liderou a produção de aço nacional em abril. No último mês, o parque siderúrgico mineiro foi responsável por quase 30% do total de 2,9 milhões de toneladas de aço bruto, com 871 mil toneladas produzidas. Enquanto a produção brasileira teve queda de 3,8% frente ao mesmo mês de 2021, a produção do setor no Estado ficou praticamente estável, já que naquela época foram produzidas 860 mil toneladas – avanço de 1,27% entre os períodos.
No acumulado do ano, o market share de Minas foi semelhante. Entre janeiro e abril, o Estado respondeu por 3,4 milhões das mais de 11,5 milhões de toneladas de aço bruto produzidas no Brasil. O resultado manteve o parque mineiro na liderança do setor siderúrgico nacional, seguido por Rio de Janeiro e Espírito Santo, com 27,9% e 22%, respectivamente.
A produção nacional diminuiu em relação às 11,7 milhões de toneladas dos primeiros quatro meses do ano passado. Já a mineira aumentou frente as 3,3 milhões de toneladas da mesma época. Os dados são do Instituto Aço Brasil , que destacou a queda após dois meses de forte elevação.
Em âmbito nacional, a produção de laminados foi de 2 milhões de toneladas, volume 9,6% inferior ao registrado em abril de 2021. Já a produção de semiacabados para vendas foi de 822 mil toneladas, um aumento de 28,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Minas Gerais respondeu por 29,2% dos laminados e semiacabados, com 835 mil toneladas produzidas no mês. Na comparação com abril de 2021, o desempenho do Estado ficou praticamente estável, uma vez que naquela época foram produzidas 833 mil toneladas. O Rio de Janeiro manteve a segunda posição, com 28% de market share e produção de 800 mil toneladas. Em seguida, veio o Espírito Santo (17,2%), produzindo 492 mil toneladas, e São Paulo (10,45%), produzindo 298 mil toneladas.
No País, as vendas internas recuaram 8,6% frente ao apurado no quarto mês do ano passado e atingiram 1,8 milhão de toneladas, enquanto o consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2 milhões de toneladas, 10,4% inferior ao apurado no mesmo período de 2021. Mas na comparação com o último mês do ano que passou, foi registrado aumento.
As exportações brasileiras do mês passado somaram 1,2 milhão de toneladas, ou US$ 948 milhões, o que resultou em aumento de 43% e 44%, respectivamente, na comparação com o ocorrido em abril de 2021. E as importações foram de 223 mil toneladas e US$ 351 milhões, uma queda de 37,4% em quantum e uma alta de 2,3% em valor na comparação com o registrado no mesmo período do ano passado.
Perspectivas 2022
A previsão do Aço Brasil para este exercício é que a produção nacional de aço chegue a 36,9 milhões de toneladas. As baixas até aqui apuradas são justificadas, segundo a entidade, pela elevada base de comparação.
No fim do mês passado, o presidente-executivo do instituto, Marco Polo de Mello Lopes, destacou que o mercado do aço passa, desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, por variações intensas. Ele apontou, por exemplo, que, no início, a crise sanitária e o isolamento social resultaram, com efeitos mais agudos em abril daquele ano, em uma queda na demanda pelos produtos da cadeia do aço, seguida por um aumento nos preços das commodities.