Produção tem alta de 0,4% em janeiro

6 de março de 2021 às 0h15

img
Crédito: Divulgação

Rio e São Paulo – A indústria brasileira iniciou 2021 com alta pelo nono mês seguido em janeiro, mas em desaceleração e sofrendo o impacto do agravamento da pandemia no Amazonas.

Em janeiro, a produção industrial brasileira registrou alta de 0,4% em relação a dezembro, de acordo com os dados divulgados na sexta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, mas mostrou perda de força depois de crescer 0,8% em dezembro e apresentar taxas de 1,1% e 1% respectivamente em novembro e outubro.

Com esse resultado, o setor acumulou crescimento de 42,3% em nove meses de alta, depois de registrar perda de 27,1% entre março e abril devido às medidas de contenção ao coronavírus, quando a produção chegou ao nível mais baixo da série.

Na comparação com janeiro de 2020, a produção teve alta de 2,0%, contra expectativa de um ganho de 2,2%.

Apesar do resultado positivo, os ganhos da indústria em janeiro foram menos disseminados entre as atividades.

“Chama atenção neste mês a quantidade de ramos que ficaram no campo negativo, que foram maioria (14 de 26), um comportamento que não foi observado nos meses anteriores dessa sequência de nove meses de crescimento”, destacou o gerente da pesquisa, André Macedo.

“Foi um crescimento muito concentrado e isso já mostra redução de ritmo e algo bem diferente de meses anteriores”, completou.

Em janeiro, o IBGE apontou que, entre as categorias econômicas, a produção de Bens de Capital foi o destaque com alta de 4,5%. O outro dado positivo veio de Bens de Consumo, com ganho de 1,0%, impulsionada pela alta de 2,0% em Semiduráveis e não Duráveis. Por outro lado, a produção de Bens Intermediários recuou 1,3% no mês.

Macedo destacou que o agravamento da situação da pandemia no Amazonas teve impacto principalmente sobre a produção de Bens de Consumo Duráveis, concentrada no Estado e que apresentou queda de 0,7%.

“Como a pandemia se agravou por lá e foram adotadas medidas, houve prejuízo na produção de motos e produtos da linha marrom”, explicou ele. “Tem um efeito mais intenso da pandemia no Amazonas, especialmente na zona franca de Manaus.”

Entre as atividades, a influência positiva mais relevante foi dada por produtos alimentícios, que avançou 3,1%. Na outra ponta, o maior impacto negativo veio de metalurgia, com queda de 13,9%, interrompendo seis meses de taxas positivas.

A recuperação da indústria desde o ápice da pandemia em abril de 2020 encontrou base nas medidas de auxílio do governo e na flexibilização do isolamento, mas ainda assim o setor encerrou o ano passado com queda de 3,5%, de acordo com os dados do PIB informados pelo IBGE. (Reuters)

Tags:
Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail