Saldo da balança comercial tem queda de 21,5% neste ano

10 de novembro de 2018 às 0h05

img
Embarques de minério de ferro somaram US$ 5,933 bilhões entre janeiro e outubro - Agência Vales/Divulgação

A queda das exportações e o aumento das importações continuam pressionando o saldo da balança comercial de Minas Gerais, que, mesmo assim, se manteve positivo em US$ 12,027 bilhões entre janeiro e outubro. Porém, na comparação com o resultado também positivo de US$ 15,303 bilhões nos mesmos meses de 2017, houve uma redução de 21,5%. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).

No acumulado até outubro deste ano, as exportações estaduais somaram US$ 19,674 bilhões, 8% menos que em igual período de 2017 (US$ 21,373 bilhões). Ao mesmo tempo e na mesma comparação, as importações chegaram a US$ 7,647 bilhões neste ano contra US$ 6,070 bilhões, aumento de 25,9%.

O principal motivo para a queda no rendimento das exportações foi o desempenho mais fraco, neste ano, das vendas externas de minério de ferro e do café, os dois produtos mais importantes para os embarques estaduais, com participação de 42,3%, juntos. Já as importações foram alavancadas pela entrada de automóveis das unidades da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) instaladas na América Latina.

As remessas de minério de ferro entre janeiro e outubro deste ano somaram US$ 5,933 bilhões sobre US$ 7,426 bilhões no mesmo intervalo de 2017, recuo de 20,2%. Mesmo com a queda, o minério continua como o principal produto da pauta de exportações, com participação de 30,1%.

As vendas externas de café também caíram. As remessas do grão ao mercado externo renderam US$ 2,391 bilhões até outubro sobre US$ 2,790 bilhões no mesmo período do ano passado, com uma queda de 14,4%, com base nas informações do Mdic.

Ao contrário do minério de ferro e do café, as exportações de soja e ferroligas, especialmente o nióbio, aumentaram de 69,8% e 13,6% entre janeiro e outubro, respectivamente, em relação ao mesmo intervalo de 2017. No caso do ouro e da celulose, foram registradas evoluções de 2,1%, 20,4%, nesta ordem.

Desembarques – No âmbito das importações, o produto mais comprado pelo Estado no mercado externo foram os veículos, praticamente a totalidade pela FCA. Os desembarques de automóveis e veículos pesados somaram US$ 892,5 milhões de janeiro a outubro sobre US$ 184,8 milhões no mesmo período de 2017, um salto de 382,9%. Os veículos representaram 12% de tudo que Minas comprou no exterior em 2018.

A hulha betuminosa, que é o carvão mineral, usado nos altos-fornos de usinas instaladas no território mineiro, foi o segundo produto mais comprado pelo Estado no exterior. Até outubro deste ano, a importação do item cresceu 2,1% e sua participação foi de 8,2% nos desembarques totais do intervalo.

Parceiros – Entre os principais parceiros de Minas no comércio exterior, a China é o país que mais vende e que mais compra mercadorias do Brasil. Até outubro deste ano, o país asiático foi destino de 28,8% de tudo que o Estado exportou, a maior parte em minério de ferro e soja e também foi a origem de 18,5% de tudo que Minas comprou.

Tags:
Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail