Thyssenkrupp conclui a ampliação da linha de usinagem em Poços de Caldas

1 de dezembro de 2020 às 0h19

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A Thyssenkrupp está investindo R$ 130 milhões na fábrica 4.0 | Crédito: THYSSENKRUPP-DIVULGAÇÃO

A alemã Thyssenkrupp concluiu a ampliação de uma nova linha de usinagem de tubos na planta da empresa em Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, resultado de um aporte de R$ 30 milhões. O montante faz parte de um total de R$ 130 milhões que vêm sendo investidos no local desde a sua inauguração em 2015. A fábrica 4.0 da companhia no município é responsável por produzir eixos de comando de válvula e módulos integrados para veículos. Com a ação, as expectativas são de ganhos em competitividade.

“O objetivo da ampliação da unidade de Poços de Caldas é permitir a fabricação local de componentes das peças automotivas produzidas na fábrica que, até então, eram importados da Europa. Com isso, amplia-se o índice de conteúdo nacional dos produtos que a Thyssenkrupp produz no País. Esse aumento do conteúdo nacional permite à empresa aumentar a sua competitividade e reduzir o prazo de entrega dos produtos aos clientes”, explica o CEO da Thyssenkrupp na América do Sul, Paulo Alvarenga.

De acordo com Alvarenga, Minas Gerais tem uma grande importância para a companhia no País. Além da unidade em Poços de Caldas, o Estado também abriga negócios da marca em Belo Horizonte e em Ibirité e Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), totalizando 500 colaboradores. Aproximadamente 25% da receita do Grupo Thyssenkrupp no Brasil são oriundos de Minas Gerais. A companhia faturou R$ 2,9 bilhões no ano fiscal 2018/2019 em toda a América do Sul.

“Temos interesse em continuar investindo em Minas Gerais e seguindo essa trajetória de sucesso, sempre a partir da avaliação da retomada do crescimento econômico no Brasil como um todo”, conta Alvarenga.

Cautela – De acordo com o CEO da companhia, a empresa se interessa também em permanecer investindo na localização de processos de usinagem e montagem com o objetivo de ampliar a taxa de conteúdo local. Entretanto, pontua, ainda é cedo para mencionar novos investimentos além dos que foram concluídos durante este ano.

“Novos aportes dependem, principalmente, da retomada do mercado automotivo brasileiro”, afirma ele, lembrando que o setor foi afetado de forma severa pela crise provocada pela pandemia da Covid-19.

O segmento automotivo é um dos três principais de atuação da Thyssenkrupp no Brasil, que também foca a defesa naval e a mineração, sendo que ambas oferecem boas perspectivas para a empresa atualmente.

Em relação à defesa naval, o CEO frisa que a Thyssenkrupp é “a empresa majoritária na Águas Azuis, sociedade de propósito específico responsável pela construção do maior e mais moderno projeto naval já realizado para a Marinha do Brasil, as fragatas da Classe Tamandaré”.

Já no que diz respeito à mineração, Alvarenga destaca que as expectativas são boas tendo em vista o crescimento do segmento. Aproximadamente 80% da produção de minério de ferro do País, diz ele, passa pelos equipamentos da marca. No início do segundo semestre deste ano, inclusive, a companhia anunciou o começo da produção de equipamentos no País para o setor em Santa Luzia e em Parauapebas (PA).

Com investimento feito na fábrica do Sul de Minas, que vai permitir a estratégica fabricação local de componentes, empresa alemã espera ampliar sua competitividade no mercado | Crédito: Divulgação

Investimentos na produção crescem 3,5%

Rio de Janeiro – O indicador que mede os investimentos na capacidade produtiva da economia brasileira teve alta de 3,5% em setembro, em comparação com agosto, informou ontem o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Chamado de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), o indicador mensal também subiu em relação a setembro de 2019, com avanço de 1,1%.

Com o resultado, o terceiro trimestre de 2020 teve um crescimento de 16,3% em relação ao segundo, quando o Brasil atravessou o pico da pandemia de Covid-19. Se comparado ao mesmo período de 2019, o resultado trimestral representou queda de 2,8%.

Apesar da alta em setembro, o Ipea indica que o ano de 2020 acumula queda de 3,6% na Formação Bruta de Capital Fixo.

Além de medir os investimentos em capacidade produtiva, a FBCF também contabiliza os gastos com reposição da depreciação dos estoques de capital fixo. O indicador é composto por três partes: máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos.

No mês de setembro, a importação de máquinas e equipamentos cresceu 30%, enquanto a produção nacional dedicada ao mercado interno avançou 2%. Com isso, o consumo aparente de máquinas e equipamentos no País aumentou 4,3% em setembro em relação a agosto. Já frente a 2019, houve um recuo de 6,2% em setembro.

O componente construção civil teve aumento nas duas bases de comparação em setembro: de 2% em relação a agosto e de 10,9% ante setembro de 2019.

Para os outros ativos fixos, houve queda nas duas bases de comparação. Em relação a agosto, o recuo foi de 1,5%. Ante setembro de 2019, a retração foi de 6,6%. (ABr)

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