Transportadores não entram em greve

7 de março de 2020 às 0h13

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Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

Dentro de 15 dias será feita uma nova reunião para definir a situação dos transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo de Minas Gerais. O prazo foi estabelecido após o encontro dos trabalhadores com a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) na sexta-feira (6).

A pauta principal da categoria é a reivindicação da cobrança, por parte do governo estadual, da antiga alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sobre o diesel, que era de 12%. No ano de 2011, houve um reajuste para 15%, superior ao que é praticado por outros estados da região Sudeste.

Diante desse cenário, a possibilidade de greve levantada pela categoria nos últimos dias, caso não tenha as necessidades atendidas, ainda não foi descartada. É o que afirma o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque), Irani Gomes.

“Se não formos atendidos, promoveremos uma nova assembleia para decidir o que vamos fazer”, destaca ele. As estimativas são de que, em uma situação de paralisação, falte combustíveis nos portos e aeroportos em um período de 24 horas.

Setor – Irani Gomes afirma que, atualmente, a cobrança do imposto corresponde a praticamente 50% do valor do frete.

“Essa redução é muito importante para nós. Estamos sofrendo bastante com a alíquota. Temos amargado duramente. Não está tendo como trabalhar. Praticamente não temos lucro”, afirma ele.

O presidente do Sindtanque afirma que a categoria está confiante nos bons resultados. “Não posso dizer que estamos insatisfeitos ou totalmente satisfeitos com a reunião. Estamos aguardando um posicionamento concreto. A satisfação está na nossa pauta”, frisa ele.

Irani Gomes finaliza dizendo que só espera “que o governo tenha a sensibilidade com o que vem acontecendo”.

O Sindtanque agrega 700 empresas do segmento. Ao todo, no Estado, 7 mil caminhões distribuem combustíveis.

Governo – Uma carta aberta, assinada por 22 governadores, inclusive o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e endereçada ao presidente da República, Jair Bolsonaro, no dia 3 de fevereiro, destaca a situação dos Estados em relação à cobrança dos impostos.

O documento diz que “os governadores dos estados têm enorme interesse em viabilizar a diminuição do preço dos combustíveis. No entanto, o debate acerca de medidas possíveis para o atingimento deste objetivo deve ser feito nos fóruns institucionais adequados e com os estudos técnicos apropriados”.

Apoio – Em nota, no dia 4 de março, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) disse que apoia a reivindicação do Sindtanque no que diz respeito à diminuição da alíquota do ICMS.

“Entretanto, entendemos que um diálogo entre o Sindtanque e o governo estadual deve ser feito antes do início de uma greve, já que a paralisação da categoria prejudicaria toda a sociedade e também o setor de combustíveis. Em Minas Gerais, o ICMS do Diesel é 3% maior do que o cobrado em São Paulo. Isso faz com que os postos de combustíveis de MG percam venda e que todos os transportes realizados no estado sejam onerados por este combustível mais caro”, afirma o material.

Petrobras vai vender ativos na Colômbia

Rio – A Petrobras divulgou, na sexta-feira (6), informações para a venda de 100% de suas ações na Petrobras Colombia Combustibles, responsável por seus negócios de distribuição e comercialização de combustíveis e lubrificantes na Colômbia.

Chamado de teaser, o conjunto de detalhes traz informações para possíveis compradores, como o volume de combustível vendido, a quantidade de unidades e os critérios de elegibilidade dos participantes.

As ações que serão vendidas são detidas pela Petrobras Internacional Braspetro B.V. (PIB BV) e outras subsidiárias da Petrobras, e o projeto será assessorado pela UBS Brasil Serviços de Assessoria Financeira Ltda. Os próximos passos da venda ainda não têm data para serem divulgados.

No teaser, a Petrobras descreve que as 124 estações de serviço da Pecoco estão em localizações privilegiadas, especialmente em Bogotá. O volume total de combustível vendido pela empresa foi de 605,8 mil metros cúbicos em 2019, depois de dois anos de crescimento.

Segundo a Petrobras, a decisão de vender a companhia “está alinhada à otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor para os seus acionistas”. (ABr)

Preços da gasolina recuam 1,65% em fevereiro

Rio – Os preços da gasolina nos postos do Brasil recuaram 1,65% em fevereiro ante o mês anterior, para R$ 4,683 por litro, diante de cortes expressivos realizados pela Petrobras em 2020, apontou na sexta-feira (6) pesquisa realizada pela ValeCard, empresa de meios de pagamentos eletrônicos.

O recuo nos postos ocorre após a Petrobras – que detém quase 100% da capacidade de refino do Brasil – ter reduzido em 12% os valores da gasolina vendida em suas refinarias neste ano, em meio a um recuo das cotações internacionais, que têm sido pressionadas por temores relacionados a demanda, devido ao coronavírus.

O repasse de ajustes dos combustíveis nas refinarias para o consumidor final nos postos não é imediato, pontuou a ValeCard. O movimento depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.

“A redução das cotações internacionais do preço do petróleo finalmente pode ser vista nos postos de combustíveis brasileiros… Em março, o cenário continua propício para mais reduções”, disse a ValeCard, em nota.

Com valor médio de R$ 5,105 por litro, o Rio de Janeiro registrou o maior preço entre os Estados, enquanto o menor preço foi registrado no Amapá (R$ 4,201), disse a empresa.

Obtidos por meio do registro das transações realizadas em fevereiro com o cartão de abastecimento da própria companhia, em cerca de 20 mil estabelecimentos credenciados, os dados mostram a capital com gasolina mais barata é Curitiba (R$ 4,287), e a mais cara, Rio de Janeiro (R$ 5,088), disse a empresa. (Reuters)

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