Vendas de combustíveis no Estado ainda têm queda

6 de outubro de 2020 às 0h18

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Somente as vendas de gasolina somaram 2,045 mi de metros cúbicos | CREDITO:CHARLES SILVA DUARTE

A comercialização de combustíveis derivados de petróleo e de etanol hidratado pelas distribuidoras em Minas Gerais continua sendo impactada pela pandemia de Covid-19. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em agosto foram comercializados 1,264 milhão de metros cúbicos, contra 1,330 milhão de metros cúbicos no mesmo mês de 2019, causando uma retração de 4,96% entre os exercícios.

Com o resultado, as vendas no acumulado deste ano até o oitavo mês também caíram. A baixa chegou a 7% sobre a mesma época do ano passado. Ao todo foram 9,291 milhões de metros cúbicos comercializados de janeiro a agosto de 2020 na comparação com os 9,962 milhões de metros cúbicos vendidos pelas distribuidoras até agosto do exercício anterior.

O óleo diesel puxou o desempenho das vendas em agosto, com 645 mil metros cúbicos. Assim, foi registrada alta de 1,73% em relação ao mesmo mês de 2019, quando foram vendidos 634 mil metros cúbicos.

A gasolina C somou 263 mil metros cúbicos. Na comparação com a mesma época do ano anterior foi registrada queda de 5%, uma vez que naquele mês as vendas do combustível pelas distribuidoras somaram 277 mil metros cúbicos no Estado.

Já as vendas de etanol hidratado chegaram a 224 mil metros cúbicos sobre os 269 mil metros cúbicos apurados sempre no oitavo mês do exercício, em 2019 e 2020, respectivamente. Dessa maneira, houve recuo de 16,7%.

Por outro lado, o gás liquefeito de petróleo (GLP) somou 11,2 mil metros cúbicos comercializados pelas distribuidoras em Minas Gerais em agosto deste ano. Em 2019 foram 115,9 mil metros cúbicos, indicando relativa estabilidade na comercialização. 

Acumulado – No acumulado de janeiro a agosto de 2020, o óleo diesel também liderou as vendas das distribuidoras de combustíveis em Minas. Ao todo foram 4,504 milhões de metros cúbicos. No mesmo período de 2019 foram comercializados 4,583 milhões de metros cúbicos. Isso significa leve recuo de 1,72% entre os períodos.

De gasolina C foram vendidos 2,045 milhões de metros cúbicos entre janeiro e o oitavo mês deste exercício, volume 6,5% menor que os 2,188 mil metros cúbicos do acumulado dos oito meses de 2019.

Também no acumulado deste ano, a venda de etanol hidratado somou 1,698 milhão de metros cúbicos no Estado, enquanto que nos mesmos meses um ano antes chegou a 2,034 milhão de metros cúbicos. Logo, foi registrada baixa de 16,5% entre os períodos.

Por fim, o GLP somou 890 mil metros cúbicos vendidos pelas distribuidoras nos oito meses deste exercício. Nos mesmos meses do ano anterior foram 873 mil metros cúbicos, indicando aumento de 1,94% na comercialização.

Petróleo: produção deve alcançar 3,5 mi de barris

São Paulo – A produção de petróleo do Brasil deve alcançar o patamar de 3,5 milhões de barris por dia ao final de 2022, ante 3,3 milhões de bpd no início de 2020, projetaram analistas do Goldman Sachs em relatório que já considera efeitos de recente revisão no portfólio de projetos da Petrobras.

“Em geral, estamos elevando nossas expectativas de produção para o período de agosto de 2020 a dezembro de 2021 em 40 mil bpd versus nossas expectativas anteriores”, escreveram os profissionais do banco de investimentos norte-americano.

“Em nossas previsões, a produção deve ficar em média em 3,29 milhões/3,40 milhões de bpd em 2021/2022, respectivamente (+193 mil /104 mil barris/dia, respectivamente) e atingir 3,53 milhões de bpd em dezembro de 2022, uma vez que navios-plataforma (FPSOs) continuam a entrar em operação”, apontaram.

A estatal Petrobras divulgou em meados de setembro uma revisão de seu portfólio de exploração e produção (E&P) devido aos impactos da pandemia de coronavírus. A previsão é de investimentos de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões entre 2021 e 2025, ante US$ 64 bilhões no plano 2020-2024.

Os números do Goldman já levam em conta esse novo planejamento da estatal e a entrega no prazo esperado de novos FPSOs para a companhia.

Depois do início de operações em julho do FPSO P-70, no campo de Atapu na Bacia de Santos, os analistas do Goldman disseram esperar que mais seis grandes projetos comecem a produzir até o final de 2022.

Embora os impactos gerados pela Covid-19 sobre as operações possam atrasar alguns FPSOs, os analistas do Goldman reduziram o prazo que estimavam necessário para a entrada em operação desses navios-plataforma, para entre 12 e 15 meses, de 24 meses antes.

“A maior parte da melhoria decorre da instalação mais eficiente”, escreveram.

O relatório apontou ainda que a pandemia de coronavírus teve impacto negativo na produção do Brasil, com pico em maio, quando cerca de 250 mil barris por dia em produção foram afetados pela desativação de 62 campos em águas rasas, mas com posterior retomada devido à demanda da China.

“Nós acreditamos que esses fechamentos somam apenas 70 mil barris por dia hoje, e assumimos que 20 mil bpd em capacidade produtiva serão definitivamente perdidos”, estimaram os analistas.(Reuters)

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