Vendas devem subir 13,7% neste ano e cair em 2019

16 de outubro de 2018 às 0h05

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Crédito: REUTERS/Paulo Whitaker

São Paulo – A indústria de veículos do Brasil deve desacelerar o ritmo de crescimento das vendas e produção em 2019, previu ontem o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Segundo Antonio Megale, o crescimento das vendas internas em 2019 deverá ser “de dois dígitos baixos, um pouco abaixo deste ano”. A Anfavea espera para 2018 crescimento de 13,7% nas vendas internas, para 2,546 milhões de veículos, após alta de 9% em 2017.

Megale também afirmou, durante evento promovido pela AutoData, que a produção deve crescer “um pouco abaixo de 2 dígitos” em 2019, pressionada pela crise argentina, principal mercado externo do setor. A previsão da Anfavea para este ano é de crescimento de 11% na produção, para 3 milhões de unidades.

“Independente do governo que assumir no próximo ano, o mercado (interno) vai crescer 10% a 14%. Tem estrutura macroeconômica que permite isso. Os juros estão baixos, o PIB está voltando, os bancos estão emprestando”, disse Megale.

“O que está difícil é a exportação e isso depende muito da Argentina, que ainda vai ter dificuldades no primeiro semestre do ano que vem”, acrescentou o presidente da Anfavea, citando que os mercados do Chile e Colômbia estão avançando na pauta de vendas externas do setor.

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Mercado nacional – Durante o evento, o presidente da Volkswagen para a América Latina, Pablo Di Si, melhorou estimativa de crescimento do mercado brasileiro de carros e comerciais leves de 10% para 12% ao ano, também citando fatores macroeconômicos, incluindo maior disposição de concessão de financiamentos pelos bancos.

Di Si afirmou que a produção de motores da Volkswagen em sua fábrica em São Carlos (SP) deve dobrar para 830 mil neste ano ante 2017, mas para 2019 ele estimou crescimento de 10% a 20% no volume produzido na unidade.

O executivo da Volkswagen estimou que as vendas de carros e comerciais leves na Argentina devem cair para 770 mil unidades neste ano, após 857 mil em 2017, mas que a produção da Volkswagen no país vizinho deverá crescer 8% por causa da expansão do mercado brasileiro. (Reuters)

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