Dívida pública federal avança e atinge R$ 4,2 trilhões

21 de dezembro de 2019 às 0h03

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Crédito: REUTERS/Bruno Domingos

Brasília – A dívida pública federal do Brasil subiu 2,05% em novembro sobre outubro, a R$ 4,205 trilhões, divulgou o Tesouro Nacional na sexta-feira (20). No mesmo período, a dívida pública mobiliária federal interna teve avanço de 1,71%, a R$ 4,034 trilhões.

Para o ano, a meta no Plano Anual de Financiamento (PAF) é de um estoque da dívida entre R$ 4,1 trilhões a R$ 4,3 trilhões.

A variação da dívida mobiliária interna no mês passado refletiu uma emissão líquida de R$ 41,81 bilhões e apropriação positiva de juros de R$ 25,96 bilhões. Já a dívida pública federal externa teve alta de 10,86%, encerrando o mês em R$ 171,51 bilhões.

Composição – No mês passado, os títulos que variam com a Selic, representados pelas LFTs, continuaram com maior peso na dívida pública federal, a 39,27% do total, sobre 39,38% em outubro. A participação está dentro do intervalo da meta do PAF, de 38% a 42%.

Já os títulos prefixados avançaram a 30,63% da dívida, ante 30,42% no mês anterior, frente a uma meta de 29% a 33% para 2019. Os papéis indexados à inflação, por sua vez, reduziram a fatia sobre a dívida para 25,83% da dívida total, ante 26,27% em outubro, sendo que a referência para este ano é de 24% a 28%.

No relatório mensal da dívida, o Tesouro também informou que a participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna caiu a 11,11% em novembro, sobre 11,33% em outubro.

Conjuntura – Discorrendo sobre o ambiente macroeconômico global em dezembro, o coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Roberto Lobarinhas, destacou a revisão positiva da nota de crédito do País pela agência Standard and Poor’s, além da sinalização de retomada do crescimento doméstico.

“Tudo isso reforça, reafirma, estarmos indo em um bom caminho, o que nos leva a crer que isso vai favorecer o investimento estrangeiro no País”, disse.

O Banco Central (BC) divulgou, na sexta-feira, que os investimentos diretos no País (IDP) somaram US$ 6,985 bilhões em novembro, abaixo da projeção de analistas, de US$ 7,5 bilhões. Para dezembro, a estimativa do BC é de IDP de US$ 11 bilhões, dos quais já ingressaram US$ 8,4 bilhões no mês até o dia 18.

Lobarinhas também mencionou o risco-país brasileiro de cinco anos, mensurado pelo Credit Default Swap (CDS), que chegou a atingir uma mínima em nove anos, de 96,80 pontos-base, nesta semana.

Também nesta semana, a bolsa brasileira bateu sucessivos recordes históricos, e o dólar chegou a cair para os menores níveis desde o começo de novembro.

“Mercados, de forma geral, foram beneficiados pelo acordo entre Estados Unidos e China. Os protestos, na América Latina, também tiveram intensidade menor, o que favoreceu”, analisou, relacionando a performance do risco-país a esses eventos.

Ele lembrou, contudo, que em novembro as taxas de juros de mercado – referência para a definição dos retornos nas vendas de títulos públicos – subiram, devolvendo parte da queda de outubro.

As Notas do Tesouro Nacional-Série F (NTN-F) – papéis prefixados com vencimentos mais longos – saíram à taxa média de 6,78% ao ano em novembro (vencimento 2029), acima do patamar de 6,71% de outubro. Em três leilões de venda em dezembro, a taxa média das emissões já subiu para 6,85%. (Reuters)

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