Febraban

Crescimento da carteira de crédito é revisado para baixo

Já a projeção da carteira de crédito total para 2024 foi novamente revisada para cima, passando de 8,1% para 8,3%

21 de novembro de 2023

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A carteira livre que teve sua estimativa de crescimento revista para baixo, passando de 6,4% para 6,1% | Crédito: Adobe Stock

A projeção dos bancos para a expansão da carteira de crédito neste ano foi revisada para baixo, passando de 7,6% para 7,4%, segundo a Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas de novembro. Já para 2024, a projeção da carteira total foi novamente revisada para cima, de 8,1% para 8,3%.

A pesquisa da Federação Nacional dos Bancos (Febraban) também indicou reduções das estimativas em quase todos os segmentos neste exercício. Inclusive na carteira livre, que teve sua estimativa de crescimento revista para baixo, passando de 6,4% para 6,1%. Essa alteração foi motivada pela queda da projeção para o desempenho da carteira destinada às empresas, que recuou de uma alta de 2,3% para 1,3%.

Quanto à carteira direcionada, a expectativa saiu de uma alta de 9,2% para 8,8%, com queda na projeção tanto da carteira pessoa jurídica (de 7,3% para 6,9%) como da pessoa física (de 10,2% para 9,8%). Nesse caso, a carteira seguirá com um bom ritmo de expansão, sustentada pelos programas públicos de crédito e o crédito rural.

Já sobre a carteira destinada às famílias, o levantamento indicou revisão para cima nas projeções, passando de 9,1% para 9,5%.

Em relação à taxa de inadimplência da carteira livre, a estimativa do setor segue estável, permanecendo em 4,9% para este ano. Isso ajuda a reforçar o entendimento de que a trajetória de alta da inadimplência provavelmente se encerrou ou está bem próxima do pico. No entanto, para 2024, houve ligeira alta, com a expectativa passando de 4,5% para 4,6%, mas ainda numa trajetória esperada de queda.

O diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, Rubens Sardenberg, entende que a pesquisa seguiu apontando uma revisão para baixo na expectativa para o crescimento do crédito neste ano. “Contudo, a queda da taxa de juros e da inadimplência, especialmente na carteira de crédito destinada às famílias, dá alguma confiança aos agentes de que o mercado de crédito tende a voltar a ganhar tração em 2024, o que provavelmente explica essa melhora das expectativas”, analisa.

Quanto às expectativas para a carteira total do próximo, o crescimento foi puxado pela carteira com recursos direcionados, que passou de 7,8% para 8,5%, especialmente pessoa física (de 7,9% para 9,1%). Por outro lado, a projeção para o crescimento da carteira livre caiu de 8,4% para 8,2%.

Selic e câmbio

Esta edição da pesquisa contou com a participação de 19 bancos e a maioria (88,2%) entenderam como adequada a sinalização do Comitê de Políticas Monetárias (Copom) de novos cortes de 0,50 ponto percentual (p.p.) na taxa Selic nas próximas reuniões, apesar da piora do cenário externo e do cenário inflacionário relativamente benigno, que poderiam alterar o ritmo de queda dos juros.

Dessa forma, a expectativa é de que o ritmo de cortes permaneça em 0,50 p.p., com a Selic fechando o ano em 11,75% ao ano (a.a.). Também é esperado que isso se mantenha até, pelo menos, junho de 2024, quando chegaria em 9,75% a.a..

Quanto à taxa Selic no fim do ciclo, 52,9% dos entrevistados já preveem um nível superior a 9,25% ao ano, patamar apontado até o momento como a mediana do boletim Focus. Assim, a pesquisa sugere que o viés do consenso para a Selic no próximo ano segue em alta.

O levantamento ainda mostrou que em relação à taxa de câmbio (R$/US$), a expectativa é de estabilidade na faixa de R$ 5,00 até o primeiro semestre de 2024.

Macroeconomia

A maioria dos participantes da pesquisa da Febraban (70,6%) espera que o crescimento econômico fique em linha com o consenso (+1,5%) no próximo ano. Outros 30% entendem que há um viés de alta para tais projeções, na esteira das sucessivas surpresas positivas observadas nos últimos anos. Nenhum dos participantes apontou viés de baixa.

Quanto ao cenário internacional, 82,4% dos entrevistados esperam que o Fed, o Banco Central americano, encerre a subida dos juros e comece a reduzi-los por volta do segundo semestre de 2024, em linha com o cenário-base do mercado.

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