PIX vai permitir saque em lojas do País

23 de junho de 2020 às 0h10

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Crédito: Adriano Machado/Reuters

Brasília – O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou ontem que o PIX, plataforma de pagamentos instantâneos do BC, permitirá serviço de saque por meio da rede varejista, com os detalhes sendo divulgados em fórum que acontecerá em agosto.

Com isso, os clientes conseguirão fazer saques no comércio, diretamente em lojas, em uma alternativa aos bancos e caixas eletrônicos.

O PIX entrará em operação a partir de novembro, quando viabilizará serviços de pagamento a qualquer hora ou dia.

“O que posso adiantar é que essa facilidade visa trazer mais eficiência, por meio da reutilização do dinheiro no varejo e do aproveitamento dessa rede, e fomentar a competição, ampliando as opções e a capilaridade das instituições para ofertarem o saque”, afirmou Campos Neto na abertura do Fórum PIX, realizado por videoconferência.

“Além disso, tem potencial de reduzir ainda mais o custo logístico e operacional com a distribuição de numerário. Além de agregar conveniência aos consumidores, pode gerar negócios adicionais aos varejistas e permite aos participantes do PIX novas possibilidades”.

Tarifação – Campos Neto destacou que o BC está em vias de divulgar as definições relacionadas à tarifação do PIX.

Também presente no evento, o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra, destacou que a operação do sistema de pagamentos instantâneos pelo BC não objetiva lucro e que a cobrança de tarifas mira apenas o “ressarcimento dos custos necessários para a operação do sistema”.

“Nesse formato, a expectativa é de que a tarifa fique em torno de um centavo (de real) para cada 10 mensagens de pagamentos instantâneos liquidadas, contribuindo para uma estrutura de custos enxuta na prestação do serviço aos usuários finais”, disse.

Segundo o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução da autarquia, João Manoel Pinho de Mello, o BC trabalha na construção de uma estrutura de custos do ecossistema de pagamentos instantâneos no Brasil para possibilitar serviços competitivos aos usuários finais.

Gratuidade – Para os usuários pagadores pessoas físicas, haverá gratuidade total para garantir igualdade de condições a outros instrumentos de pagamentos existentes atualmente.

De acordo com Mello, um número expressivo de entidades solicitou adesão ao PIX. Integram o grupo bancos, instituições de pagamentos, fintechs, financeiras, cooperativas, entre outras, acrescentou ele.

Campos Neto, por sua vez, destacou que 980 instituições irão oferecer o serviço à população de novembro em diante. Serão 120 participantes diretos e 860 participantes indiretos, incluindo 622 cooperativas.

No mês que vem, o BC irá divulgar o regulamento definitivo do PIX, após ter iniciado em junho o processo homologatório para funcionamento da plataforma, verificando as plataformas tecnológicas e simulando transações. (Reuters)

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