Renegociação com bancos vai exigir educação financeira

7 de novembro de 2019 às 0h03

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Crédito: Alisson J. Silva

Brasília – Os bancos vão abrir aos sábados ou após o horário normal de funcionamento para renegociar dívidas, em um projeto de mutirão de renegociação, no final deste ano. Em troca pela renegociação, os correntistas terão que fazer um curso de educação financeira. A realização do mutirão de renegociação foi anunciada ontem pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

“Para quem quer renegociar dívida, o que vai ser pedido em retribuição é que faça um curso de educação financeira”, disse Campos Neto, acrescentando que também há um projeto de dar pontos para serem trocados por descontos em financiamentos para quem fizer cursos de educação financeira.

Inadimplência – Apesar de ter inadimplência semelhante a países emergentes, o spread (diferença entre taxa de captação de recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes) é maior no Brasil. Segundo Campos Netos, isso acontece porque no Brasil quando o cliente fica inadimplente, a recuperação do recurso é mais baixa. Enquanto em países emergentes – média de Chile, China, Colômbia, Indonésia, México, Rússia, África do Sul e Tailândia – há recuperação de 52,7% do crédito em inadimplência em 1,7 ano em média, no Brasil esse percentual chega a 14,6% em 4 anos.

Campos Neto disse que no Brasil, diferentemente de outros países, a recuperação do crédito ocorre por meio judicial. “Em grande parte do mundo é extrajudicial”, explicou.

Para o presidente do Banco Central, a implementação do Cadastro Positivo, iniciada no último mês, e o open banking (compartilhamento de dados, produtos e serviços por meio de abertura e integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia entre bancos) vai melhorar o acesso das instituições financeiras a informações sobre os consumidores antes de conceder o crédito. (ABr)

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