• Buscar
  • Versão Impressa
  • DC Publicidade Legal
  • FAZER LOGIN
Assine

COTAÇÃO DE 29/07/2022

DÓLAR COMERCIAL

COMPRA: R$5,1740

VENDA: R$5,1740

DÓLAR TURISMO

COMPRA: R$5,3100

VENDA: R$5,3900

EURO

COMPRA: R$5,2910

VENDA: R$5,2937

OURO NY

U$1.766,23

OURO BM&F (g)

R$294,59 (g)

BOVESPA

+0,55

POUPANÇA

0,7132%

OFERECIMENTO

Legislação

Esquemas golpistas proliferam por meio do Pix

COMPARTILHE

googlenews

POR

  • Em 6 de julho de 2022 às 00:25
O golpe da promessa de dinheiro fácil é praticado no Pix | Crédito: MARCELLO CASAL JR. / AGÊNCIA BRASIL

Curitiba – A realeza do Pix está nas redes. Contas no Instagram, Twitter e TikTok de autointitulados reis e rainhas da forma de pagamento oferecem retorno de até 1.000% sobre valores enviados em transferências. É assim que golpistas trocam quantias provenientes de atividades ilícitas, passíveis de bloqueio pelo banco, por dinheiro livre para utilização. Os perfis costumam oferecer uma lista de possíveis trocas ao usuário: se enviar um Pix de R$ 10, recebe R$ 100; ao enviar R$ 500, recebe R$ 5.000.

Pode ser que, após enviar o dinheiro, a pessoa não receba nada em troca: o dinheiro é rapidamente sacado pelos golpistas, impedindo que instituições bancárias, quando contatadas, desfaçam a transferência. Mas há casos em que o prometido se concretiza, ao menos por um curto período de tempo.

PUBLICIDADE




O delegado da Divisão de Crimes Cibernéticos na Polícia Civil de São Paulo, Thiago Chinellato, explica que o golpista envia um valor oriundo de crimes (como clonagem de um cartão) e, dada sua origem, tem grande chance de ser confiscado. Em troca, ele recebe da vítima um valor menor, mas que vem de uma conta regular e, portanto, pode ser livremente utilizado.

Muitos dos perfis deixam claro que o dinheiro vem de atividades ilícitas, exibindo informações sobre contas bancárias e cartões sequestrados. Se comprovada, a ciência do cidadão acerca da origem do montante recebido permite sua caracterização como cúmplice do crime.

O esquema tem um funcionamento simples. No contato inicial, o golpista pergunta à pessoa qual é o pacote desejado, ou seja, quais os valores ela deseja depositar e quais receber. Então, ela é orientada a enviar a quantia para uma determinada conta, que geralmente pertence a laranjas ou foi sequestrada pelo golpista.

Após o envio, pode ser que a pessoa não receba retorno do valor. Caso receba, normalmente o dinheiro é proveniente de contas ou cartões clonados ou sequestrados. Assim, o golpista troca o dinheiro “sujo”, oriundo de atividades ilícitas, por quantias vindas de uma conta bancária regular, depositado de livre e espontânea vontade pela vítima.

PUBLICIDADE




Os perfis de golpistas variam. Alguns vendem o esquema como “oportunidade de investimento”; outros se apresentam como forma de “burlar o sistema”.

Há perfis que explicitam as atividades ilegais que os sustentam; comemoram abertamente sequestros de contas e dizem que o envio é feito a partir de contas de laranjas.

Às vezes, também utilizam nomes e logotipos de instituições bancárias como tentativa de demonstrar legitimidade, assim como vídeos de depoimentos e mensagens de supostos «clientes».

A reportagem tentou contato com os donos desses perfis, sem sucesso. De vítima a cúmplice Chinellato explica que é comum que a pessoa que enviou dinheiro ao estelionatário, teoricamente vítima do golpe, seja responsabilizada criminalmente.

“Se preliminarmente não teve conhecimento, teoricamente a pessoa não seria responsabilizada. Mas em geral, nesse tipo de fraude, a pessoa sabe, porque não existe técnica de dinheiro fácil. Não tem explicação para uma pessoa fazer uma transferência de R$ 50, receber R$ 1.000 de volta e achar que se trata de uma transação normal.”

O delegado também explicita os riscos relativos ao compartilhamento de dados. “A exposição dos dados pessoais é sempre um risco, porque esses dados podem ser utilizados para a prática de outros golpes ou outras fraudes, como ter os dados utilizados para abertura de contas”, afirma.

Ilicitude

O advogado Plínio Higasi, especialista em direito digital, diz que mesmo que não esteja descrito no perfil que há envolvimento com atividades ilícitas, a ilicitude pode ser presumida em nível cível. “O Poder Judiciário considera o homem médio uma pessoa em pleno discernimento, uma pessoa com conhecimento razoável sobre as situações sociais, uma pessoa que utiliza a internet com certa frequência. Como ela entende uma situação tão absurda em que paga e recebe o dobro do valor?”, questiona Higasi.

Já no âmbito penal, há presunção de inocência; então, criminalmente, quando há situação que desperte dúvida sobre conhecimento da vítima, ela pode ser eximida de responsabilidade pela presunção de inocência.

“Mas se houver qualquer tipo de ligação que o banco faça em relação aos valores de proveniência ilícita e a utilização por essa pessoa, o próprio banco pode acabar bloqueando e retendo estes valores”, ressalta.

Se a pessoa realmente não tinha consciência de que participar de uma fraude, é recomendado entrar em contato com o banco para bloquear o Pix. “Tentar imediatamente, assim que tomou ciência da situação ilícita, entrar em contato com o banco para receber os valores. Mas é muito raro ter efetividade porque provavelmente houve saque dos valores assim que as pessoas receberam do outro lado”, conclui o advogado.

Chinellato afirma que o mais importante é não acreditar em promessa de dinheiro fácil. “Isso não existe, ainda mais em um ambiente atual de dificuldade econômica de muitas pessoas.”

O delegado recomenda não participar em hipótese alguma de grupos que prometem um exagerado retorno financeiro. “Isso evita que a pessoa além de perder dinheiro possa ter a complicação de enfrentar processo criminal”, alerta. (Natalie Vanz Bettoni)

Quem fez história - AngloGold Ashanti: Quase 200 anos atuando com mineração e metalurgia

  • Tags: legislação
Ao comentar você concorda com os Termos de Uso. Os comentários não representam a opinião do portal Diário do Comércio. A responsabilidade sob qualquer informação divulgada é do autor da mensagem.

COMPARTILHE

Comunicar Erro

NEWSLETTER

Fique por dentro de tudo que acontece no cenário economico do Estado

CONTEÚDO RELACIONADO

O governo arrecadou R$ 156,822 bilhões em abril, conforme os dados da Receita Federal | Crédito: PILLAR PEDREIRA / AGÊNCIA SENADO

Projetos no Senado buscam correção na tabela do IRPF

  • Por Diário do Comércio
  • Em 1 de abril de 2021
Hospitais de Minas Gerais recebem EPIs doados pela Vale

Vale doa kits de testes rápidos para Covid-19 para hospitais mineiros que atendem pelo SUS

  • Por Vale
  • Em 22 de maio de 2020
Crédito: Adobe Stock

Justiça determina suspensão de leilão da BR-459, no Sul de Minas

  • Por Dione AS
  • Em 10 de agosto de 2022
Crédito: Divulgação Emma

Emma Colchões abre vaga para o emprego dos sonhos

  • Por Diário do Comércio
  • Em 10 de agosto de 2022
Crédito: Agência Brasília

Lei de Diretrizes Orçamentárias prevê mínimo de R$ 1.294 em 2023

  • Por Diário do Comércio
  • Em 10 de agosto de 2022

OUTROS CONTEÚDOS

Facebook Twitter Youtube Instagram Telegram Linkedin

Sobre nós

Diário do Comércio: veículo especializado em Economia, Gestão e Negócios de Minas Gerais, referência para empresários, executivos e profissionais liberais.

Fale Conosco: contato@diariodocomercio.com.br

© Diário do Comércio. Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

TERMOS DE USO | POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Atendimento ao Leitor: (31) 3469-2001
De segunda a sexta-feira, das 08:00 às 17:00
Av. Américo Vespúcio, 1660 – Parque Riachuelo, Belo Horizonte – MG, CEP: 31230-250

Desenvolvido por Breno Ribeiro, Mara Bianchetti e Vitor Adler
Anterior
Próximo
  • Pesquisar
  • Ver artigos salvos
  • Movimento Minas 2032
  • Reformas por Minas
  • DC Publicidade Legal
  • CIEE
  • SME
  • Edição Impressa
  • Podcasts
  • Nossa História
  • Anuncie Conosco
  • Fale com a Redação
  • Expediente
  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade

PRODUZIDO EM

MINAS GERAIS

COMPARTILHE

Comunicar erro

Identificou algo e gostaria de compartilhar com a nossa equipe?
Utilize o formulário abaixo!