Saque no FGTS atrasa benefícios do seguro-desemprego
17 de janeiro de 2020 às 0h15
São Paulo – O saque imediato de até R$ 500 – ou, em alguns casos, de até R$ 998 – das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) atrasou a liberação do seguro-desemprego de trabalhadores em todo o País. Agora, o governo promete resolver o problema até quarta-feira (22).
A Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia ainda não sabe quantos trabalhadores tiveram o pedido negado por esse motivo. A falha afetou todos os demitidos sem justa causa pois, durante o cruzamento de dados realizado para a liberação do seguro, a movimentação da conta do FGTS faz com que o sistema barre o pagamento.
É possível consultar o andamento da solicitação do seguro-desemprego no site ou no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. O governo diz que os relatos de falhas começaram na segunda quinzena de dezembro.
A negativa do pedido resultava na necessidade de apresentação de um recurso administrativo. Quem não apresentou essa medida, não precisa mais pedir, pois, segundo o governo, a liberação será automática. Em média, a Secretaria de Trabalho recebe 520 mil pedidos do benefício mensalmente.
A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia informou ontem que todos os trabalhadores que tiveram o acesso ao benefício dificultado terão os pedidos reprocessados e liberado até a próxima quarta.
Novos pedidos realizados a partir da próxima segunda-feira passarão a ser liberados automaticamente, segundo o governo. Quando o trabalhador pede o seguro-desemprego, o sistema deveria informar que o registro mais recente em seu extrato foi o da demissão sem justa causa, que dá o direito ao benefício temporário.
Com o saque do FGTS, em muitos casos a informação que aparecia era a de retirada, o que o sistema entendia como pendência, barrando a liberação. Como a “Folha de S.Paulo” mostrou em novembro, a Caixa Econômica Federal fazia o saque de maneira automática, mesmo que o trabalhador não pedisse a retirada do dinheiro
PIS/Pasep – O pagamento do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) do calendário 2019/2020, para os trabalhadores nascidos no mês janeiro e fevereiro, começou ontem. De acordo com a Caixa, os valores variam de R$ 87 a R$ 1.039, conforme a quantidade de dias trabalhados durante o ano base 2018.
Os titulares com conta individual na Caixa e cadastro atualizado receberam o crédito automático antecipado na última terça-feira (14). Segundo a instituição, são mais de 3,6 milhões de trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro, totalizando R$ 2,6 bilhões em recursos injetados na economia.
Já os servidores públicos, cadastrados no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), com o dígito final de inscrição 5 e 6 começaram a recebem também ontem. O pagamento é feito pelo Banco do Brasil
No caso do PIS, os pagamentos são escalonados conforme o mês de nascimento do trabalhador e tiveram início em julho de 2019, com os nascidos naquele mês. O prazo final para o saque do abono salarial do calendário de pagamentos 2019/2020 é 30 de junho deste ano.
O valor do abono salarial do PIS pode ser consultado no Aplicativo Caixa Trabalhador, no site da Caixa ou pelo Atendimento Caixa ao Cidadão: 0800 726 0207. (Folhapress/ABr)