Iclei e Absolar lançam programa de energia

Parceria incentivará projetos financeiramente viáveis

24 de maio de 2022 às 0h30

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Minas é líder entre os estados em potência instalada de pequenos e médios sistemas fotovoltaicos | Crédito: Pixabay

Depois de ultrapassar a marca de 2 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte de energia solar em operação – somando as grandes usinas centralizadas e os pequenos e médios sistemas de geração própria em telhados, fachadas e terrenos – Minas Gerais segue como líder em geração e também na construção de uma mentalidade mais responsável no que diz respeito ao uso de fontes limpas de energia no Brasil. Desde 2012, cerca de R$ 9,9 bilhões foram investidos em projetos fotovoltaicos que geraram mais de 60 mil empregos.

Apenas na geração centralizada, quando considerados também os projetos em implantação, o Estado lidera o ranking solar no Brasil. Ao todo são mais de 11,9 GW de potência em desenvolvimento, correspondendo a 35% da potência outorgada para grandes usinas fotovoltaicas no País. Os dados são de um mapeamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), divulgado no fim do ano passado.

Minas também é líder entre os estados brasileiros em potência instalada de pequenos e médios sistemas fotovoltaicos em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. O território mineiro responde por 18,4% da potência instalada na modalidade de geração própria de energia solar no Brasil, com um total de 1.377,0 MW.

Para manter essa posição de destaque, o Estado investe na capacitação dos gestores municipais através do Programa Sol de Minas. O objetivo é capacitar os 853 municípios mineiros. A iniciativa é uma parceria da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede) com a Absolar.

De acordo com o coordenador estadual da Absolar, Bruno Catta Preta, os objetivos do programa são: aumentar a capacidade instalada de geração de energia elétrica; fortalecer a cadeia produtiva da geração de energia fotovoltaica; aumentar a participação de energias limpas na matriz energética do Estado; e reduzir a emissão de gases do efeito estufa (GEE), como o CO2.

”Algumas cidades já chegam com um entendimento bem avançado sobre a energia fotovoltaica. Outras estão ainda no básico, mas o importante é que elas compreendam que estamos em um território privilegiado pela condição climática e também  política, porque existe toda uma estrutura de favorecimento para a geração e consumo de energia fotovoltaica no Estado. A capacitação tem o objetivo de munir os gestores com informações que os possibilitem desenvolver projetos de energia solar fotovoltaica nos governos em que atuam. Esse objetivo se subdivide em duas linhas estratégicas: tornar as prefeituras autoprodutoras de energia solar fotovoltaica e atrair investimentos para a região”, explica Catta Preta.

O curso chega à sua quarta edição em junho. Ao todo, 57 municípios mineiros já foram capacitados pelo programa. Instituições como Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Invest Minas, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Banco do Nordeste (BNB) e Grupo Green já participaram do evento como palestrantes.

Oportunidade

Enquanto se capacitam no programa Sol de Minas, as cidades mineiras podem se preparar para participar do programa do Programa de Transição Energética nas Cidades: Edificações Públicas Solares, que terá o edital publicado em breve, promovido em parceria pela rede Governos Locais pela Sustentabilidade (Iclei) América do Sul e a Absolar, lançada no início de maio.

Nessa primeira fase está aberta a Chamada para Patrocínio do programa. O principal objetivo do programa é viabilizar a transição energética nas cidades a partir do uso da tecnologia fotovoltaica. Por meio de apoio técnico, governos locais serão orientados para a elaboração de projetos financeiramente viáveis, visando à captação de recursos para a implantação de sistemas solares.

O edital está aberto às empresas interessadas até 12 de junho. O chamado disponibiliza dois valores de cotas: R$ 60 mil ou R$ 20 mil. Em contrapartida, os patrocinadores terão suas marcas divulgadas junto às ações de promoção do Programa de Transição Energética nas Cidades: Edificações Públicas Solares, podendo integrar outras iniciativas de sustentabilidade das organizações parceiras, além de contribuírem com a geração de energia renovável e atingimento de metas ESG.

Após o término do prazo da Chamada para Patrocinadores, será aberto o edital para a escolha das cidades contempladas no Programa de Transição Energética nas Cidades: Edificações Públicas Solares. Os governos locais selecionados terão a chance de trocar experiências e se apropriar da metodologia de elaboração de projetos tecnicamente robustos e financiáveis, habilitando-se para aplicá-las à realidade local e obter financiamento para seus projetos de energia solar fotovoltaica.

Nesta fase, as equipes técnicas vão aportar conteúdo para facilitar as interações e apoiar bilateralmente até 10 municípios selecionados. O programa terá duração de seis meses e deve ser implementado a partir do mês de julho.

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