Insecta Shoes avança pelo Brasil e pelo exterior

14 de abril de 2020 às 0h12

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Já estamos em Inhotim há cinco anos, diz Bárbara Mattivy | Crédito: Divulgação

Nascida de um projeto de fabricação de sapatos a partir de sobras da indústria de calçados do Rio Grande do Sul, a Insecta Shoes avança pelo território nacional e também pelo exterior.

A marca de calçados veganos tem uma loja dentro do Instituto Inhotim, na cidade de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Inspirada na natureza do lugar, ela desenvolveu uma estampa exclusivamente comercializada lá e deve abrir a primeira loja própria em Belo Horizonte até o final do ano.

Segundo a fundadora da Insecta Shoes, Bárbara Mattivy, o ponto comercial ainda não foi escolhido, mas os shopping centers trazem uma garantia de público um pouco maior no início do funcionamento.

“Estamos planejando nossas lojas físicas olhando muito para Belo Horizonte e Rio de Janeiro. São sempre as vendas on-line que direcionam esse planejamento. Já estamos em Inhotim há cinco anos, performando muito bem. Estar lá é uma oportunidade de falar com pessoas do mundo inteiro e, especialmente, com os mineiros”, explica Bárbara Mattivy.

Ao mesmo tempo, a marca foca no mercado americano e canadense e abriu seu primeiro centro de distribuição (CD) nos Estados Unidos, com foco no e-commerce e atacado. Presente em países como França, Alemanha e Espanha, a empresa promete abrir uma pop up em Toronto, Canadá, no segundo semestre do ano.

Todos os planos são baseados em um resultado excelente em 2019, quando registrou um aumento nas vendas de 52%, resultado alcançado graças às constantes inovações por meio do lançamento de produtos e variadas collabs.

“Quando começamos, eu tinha um brechó e minha sócia uma marca de sapatos que trabalhava com excedente de couro da indústria. Fizemos uma parceria e fez sentido lançarmos uma terceira marca. Como é um produto que tem muita identidade visual, conseguimos nos diferenciar bem. É a união da ética com a estética. Lá fora o pessoal tem um pouco mais de consciência ambiental e ao mesmo tempo tem uma cultura de consumo muito grande. É um bom espaço para crescermos. Vamos testar uma loja temporária em Toronto. Com ela conseguimos ficar mais perto dos clientes”, afirma a empresária.

Em busca de inovação, em janeiro a Insecta começou a trabalhar com o Piñatex, tecido feito a partir do abacaxi, criado pela designer espanhola Carmen Hijosa. O material é tão resistente quanto o couro de animais e pode ser produzido em grande escala.

Para a produção do tecido, se utiliza 480 folhas da fruta, retirados de cerca de 20 abacaxis, para fazer um metro quadrado. O Piñatex é flexível, absorve bem as estampas e cores, e é facilmente costurado.

Além de evitar a crueldade animal para a produção do couro, o tecido de abacaxi utiliza uma quantidade menor de água e produtos químicos na sua produção, não necessita de fertilizantes extras e surge de uma matéria que seria descartada.

“É um produto que imita a estética do couro e tem muitas vantagens do ponto de vista do processo. É uma tecnologia espanhola que estamos buscando um parceiro para desenvolver aqui no Brasil”, anuncia a fundadora da Insecta Shoes.

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