Oferta de fretes on-line avança 85% no 3º trimestre no País

4 de novembro de 2020 às 0h18

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Hacad: tanto Minas quanto São Paulo se destacam pela diversidade de produtos transportados | Foto: Marcelo Pereira/FOTOKA

Já não é mais novidade que a pandemia acelerou e desenvolveu a aplicação de tecnologias em diversos setores. A área de logística e transporte de cargas também acabou sendo beneficiada. Prova disso é que, apesar do cenário econômico desfavorável, a oferta de fretes no Brasil, no ambiente virtual, registrou crescimento de 85% apenas no terceiro trimestre deste exercício, contra a mesma época de 2019, segundo “Relatório do Setor de Transporte de Cargas” da FreteBras, maior plataforma on-line de transporte de cargas da América do Sul.

No top 10 dos estados com maior oferta de fretes, Minas Gerais é destaque e aparece em segundo lugar, atrás apenas de São Paulo, que lidera com 25% de participação. Minas responde por 15% das ofertas, com destaque para o transporte de cimento, siderúrgicos e alimentos. Somados, esses itens registraram crescimento de mais de 99% na região na comparação entre o segundo e terceiro trimestre deste ano.

Para o Diretor de Operações da FreteBras, Bruno Hacad, tanto Minas Gerais quanto São Paulo se destacam pela diversidade de produtos transportados. Segundo ele, quando analisado o crescimento na oferta de fretes na comparação entre os terceiros trimestres de 2020 e 2019, São Paulo registrou aumento de 95% no período e Minas Gerais de 95,3%.

“A diversidade de produtos ofertados é muito importante para esta participação, já que em relação ao mercado nacional como um todo, acaba havendo uma sazonalidade de demanda e locais com mais opções de produtos permanecem em destaque”, explicou. Neste sentido, o estudo revelou que os setores que mais aumentaram nos últimos meses foram construção (116%), agronegócio (84%) e industrializados (79%).

Retomada da economia – De toda maneira, o executivo avaliou que os números indicam retomada da economia. É que no segundo trimestre de 2020 observou-se queda de 8% na oferta de fretes em relação ao primeiro trimestre, em especial no mês de abril, quando foram adotadas medidas mais rígidas de isolamento por conta do novo coronavírus. Agora já há um crescimento de aproximadamente 102% entre o terceiro e o segundo trimestres.

“Abril foi o auge, o cenário era de muita incerteza e vimos queda de mais 40% nas ofertas publicadas na plataforma. A boa notícia é que daí em diante a retomada e a recuperação foram muito fortes. Em maio, já começamos a ver alguma recuperação e estamos mantendo um incremento de 30% mês a mês”, contou.

Segundo Hacad, dois fatores em especial estão colaborando para este desempenho: a demanda reprimida e as novas dinâmicas do mercado. Assim, a expectativa da empresa é encerrar 2020 com crescimento de 35% sobre o exercício passado. Além disso, as projeções são ainda melhores para o exercício que vem: salto de 40% sobre 2020.

“Vemos cenários bem favoráveis tanto em taxas de juros que favorecem os setores de imóveis e construção, a própria questão cambial, safras do agronegócio batendo recordes. Tudo isso seguirá favorecendo o setor de transporte rodoviário”, enumerou.

Sem contar com o investimento de USD 17 milhões, o que equivale a R$ 95 milhões, recentemente recebido pela empresa do BID Invest, membro do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através do Fundo de Tecnologia Limpa (CTF). Conforme o diretor, os recursos serão utilizados no desenvolvimento de melhorias na plataforma, principalmente voltadas para segurança das transportadoras e dos caminhoneiros, acelerando o crescimento do negócio.

No primeiro semestre deste ano, a FreteBras alcançou a marca de 2 milhões de fretes publicados em seu aplicativo, número 50% maior em relação ao registrado no mesmo período de 2019, totalizando a quantia de aproximadamente R$ 20 bilhões em fretes distribuídos aos caminhoneiros no semestre.

A empresa possui mais de 10,5 mil transportadoras que assinam seu serviço para encontrar motoristas e o aplicativo para caminhoneiros atingiu a marca de 1,4 milhão de instalações.

“Temos alcançado resultados bem expressivos e esse aporte nos dá ainda mais ânimo para continuarmos crescendo. Vamos aumentar nosso time para acelerar a entrega de melhorias na experiência do usuário, além de desenvolver ferramentas voltadas para ampliar a segurança da nossa plataforma, tanto para transportadoras, quanto para caminhoneiros”, adiantou.

O turismo segue dando sinais positivos de retomada nos últimos meses. Dados de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com a Cielo, mostram que o setor faturou R$ 12,8 bilhões em setembro, alta de 28% em relação a agosto. Quando comparado a abril, pior mês para o segmento no ano de 2020, o número é três vezes maior do que o registrado no período (R$ 4,07 bilhões). Mais da metade do faturamento no mês vieram dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, o número é animador e mostra que as ações coordenadas pela Pasta junto aos demais segmentos estão no caminho certo. “Ficamos muito satisfeitos com essa retomada gradual, positiva e significativa de maneira gradual e responsável. Estamos mostrando, mais uma vez, que a importância do turismo para a recuperação econômica de nosso País. Continuaremos com o nosso trabalho, de colocar o turismo brasileiro de volta aos antigos patamares, gerando emprego e renda para toda a nossa população”, disse.

Segmentos – Quando analisados por segmento, os empreendimentos da área de Hospedagem e Alimentação registraram o maior volume de vendas em setembro, totalizando R$ 8,533 bilhões. O destaque foi para os restaurantes que movimentaram R$ 6,63 bilhões. O transporte de passageiros também registrou parcela significativa no montante total. Em setembro, o setor faturou R$ 2,76 bilhões, representando 21% de tudo o que foi arrecadado em setembro.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou que o aumentou no faturamento pode ser resultado de inúmeros fatores. “A partir de maio, o faturamento do setor passou por um processo de recuperação mês a mês, devido a inúmeros fatores, como o maior número de pessoas nas ruas, o aumento da confiança dos consumidores, além das estratégias digitais adotadas pelas empresas”, afirma Tadros.

Desde março, quando foi decretado estado de calamidade pública devido à pandemia do novo coronavírus, o Ministério do Turismo tem trabalhado em diversas ações para dar sobrevida ao setor. Entre elas, estão a criação da Lei 14.046, que propõe regras de cancelamentos/remarcações para serviços turísticos e culturais; a MP 963, que liberou R$ 5 bilhões para o setor em linha de crédito e contribuiu para a formulação da MP 936, que manteve milhares de empregos no País.

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