Indústria do vestuário em Minas prevê crescimento de 3% em 2020

21 de janeiro de 2020 às 0h15

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A queda nas taxas de juros reduz os custos de produção do setor de vestuário - Crédito: ALISSON J. SILVA

Embora 2019 não tenha sido dos melhores períodos para a indústria do vestuário, o ano de 2020 já traz com ele uma série de perspectivas positivas. Quem afirma é o presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Minas Gerais (Sindivest-MG), Luciano José de Araújo. As boas expectativas, segundo ele, têm a ver com as ações governamentais que envolvem as reformas estruturais e a alguns fatores relativos à economia.

No entanto, por mais que exista uma luz no fim do túnel, o presidente do Sindivest-MG lembra que ainda vai levar um tempo para que o setor volte a atingir os patamares pré-crise. Portanto, em 2019, o segmento deverá crescer 1%. Já em 2020, as estimativas são de um incremento de 3%.

“Estamos saindo de uma crise muito profunda, que acometeu o País nos últimos anos. As perspectivas para o ano que vem são positivas por causa de uma série de ações do governo. A reforma trabalhista, por exemplo, foi algo muito bom”, destaca ele, ressaltando, ainda, a medida provisória (MP), que elimina a multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Além disso, a redução das taxas de juros também tem impulsionado o setor, de acordo com Araújo. Esse fator tem feito, segundo ele, com que as empresas consigam recursos mais adequados no mercado, financiando a produção a um custo menor.

“Quando reduz a taxa de juros, muda o perfil da economia. Não há mais somente especulação, mas passa a haver mais consumo”, diz.

Números – A retomada do segmento já vem sendo sentida inclusive no que diz respeito ao emprego. O presidente do Sindivest-MG frisa que, de acordo com Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2018, havia um saldo negativo de 4284 vagas, que caiu em igual mês deste ano para -275. “Geramos mais de 4 mil postos de trabalho”, pontua.

Os investimentos também deverão voltar com tudo com o aquecimento da economia. Araújo ressalta, aliás, que a falta deles foi um dos desafios de 2019, já que as empresas ficaram sem caixa em função da crise acentuada a partir de 2015.

“A crise foi algo muito pesado. Quem não estava preparado, não tinha caixa, passou por situações bem difíceis. A falta de caixa fez com que as empresas tivessem dificuldades para investir e melhorar a produtividade”, diz.

No entanto, lembra ele, é de fundamental importância que as empresas melhorem a competitividade de seus negócios, investindo em inovação e tecnologia.

“Há uma concorrência mundial, principalmente asiática, então é muito importante que a nossa indústria seja competitiva. Esse é o mote que temos trabalhado. Vamos, inclusive, realizar vários eventos mostrando a importância de realizar investimentos em sistemas de produção, na questão de equipamentos, entre outros, para que se possa produzir mais com menos”, destaca.

Por fim, o presidente do Sindivest-MG ressalta que é importante que os empresários se façam a seguinte pergunta: “O mercado vai melhorar. Estamos aptos para aproveitar?”.

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