Permitir o parcelamento das contas públicas, taxas e impostos no cartão de crédito tem sido, até aqui, um desafio para as fintechs. Especialmente durante uma crise econômica tão severa como essa que o mundo passa em detrimento do Covid-19, a possibilidade poderia ser um alívio para o cidadão, que quer honrar os seus compromissos, e para os cofres públicos, que sofrem com a inadimplência.
O desafio foi vencido, em parte, pela Takipay, braço da startup Taki Pagamentos que permite o parcelamento de débitos veiculares como Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), licenciamento e multas, em até 12 vezes pelo cartão de crédito. A empresa é credenciada do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e já está autorizada a atuar em Minas Gerais.
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De acordo com o fundador e CEO da Taki Pagamentos, Diogo Cuoco, a startup oferece soluções para parcelar no cartão de crédito diversos tipos de pagamentos de tributos e boletos por meio de sua plataforma on-line.
“No Brasil existe uma ‘jabuticaba’ que é o parcelamento no cartão. Observando o mercado, vi que existe uma categoria que não podemos comprar pelo cartão: os serviços governamentais. Então queremos resolver esse problema para o consumidor. O maior desafio agora é o cidadão saber que existe o serviço e que ele funciona. Quando entendem, as pessoas usam”, explica Cuoco.
A entrada no mercado mineiro significa um grande salto para a Taki. O Estado é dono da segunda maior frota de veículos do País, com cerca de 11 milhões de unidades, o correspondente a 10% da frota nacional.
“Considerando-se 6 milhões de automóveis e que, deste total, 40% não pagam seus tributos em dia, temos um mercado de mais de 2 milhões de carros para trabalharmos em Minas. Esperamos alcançar 10% do mercado mineiro”, pontua o CEO da Taki Pagamentos.
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Apesar de ser credenciada ao Denatran, o que habilita a startup a trabalhar com todos os Departamentos de Trânsito (Detrans) do País, a Taki precisou realizar uma série de adequações internas, já que cada estado tem suas normativas e portarias diferentes.
“É possível oferecer esse tipo de solução para qualquer serviço governamental. Devemos avançar sobre os pagamentos de serviços de cartórios, além de boletos e pagamentos em geral de serviços particulares. O importante aqui é que o consumidor entenda o funcionamento e que saiba usar essa modalidade de crédito – que é mais barato que o pedir dinheiro ao banco – a seu favor, extinguindo o risco de inadimplência e sem aumentar o endividamento”, completa o executivo.