União entre empresários estimula negócios

22 de outubro de 2021 às 0h20

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Crédito: Freepik

Em meio à crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus, que fechou 600 mil micro e pequenas empresas e deixou 9 milhões de funcionários sem empregos no Brasill – conforme dados do Sebrae -, milhares de empresários conseguiram dar a volta por cima. Um dos caminhos encontrados para não desistir foram união e ajuda mútua, presentes nos grupos de networking.

O BNI, maior organização de networking do mundo, integrada por empresários de mais de 70 países que indicam produtos e serviços uns para os outros, gerou negócios da ordem de US$ 16,2 bilhões em todo o mundo nos últimos 12 meses. No Brasil, os encontros de networking entre os membros do BNI renderam transações de R$ 990 milhões, sendo R$ 75 milhões em Minas Gerais.

O diretor executivo do BNI em Minas, Eugênio Elyseu, lembra que um dos motivos de engrenagem de networking do BNI não parar em Minas foi a agilidade dos dirigentes em substituir as reuniões presenciais pelos encontros on-line. “Uma semana depois de a pandemia começar no País, já colocamos a plataforma on-line para funcionar”, lembra Eugênio Elyseu. No entanto, mesmo com as reuniões a distância, sem o olho a olho e os apertos de mãos, não faltou solidariedade entre os integrantes da organização. Solidariedade essa que impediu muita gente de desistir de fechar as portas.

“O empresário é um ser muito solitário e essa pandemia se tornaria mais complicada se a gente ficasse de forma isolada, sem ter com quem conversar, sem ter com quem trocar experiência. Por meio dos encontros virtuais, saímos dessa crise sanitária de mãos dadas, sabendo com quem podemos contar. Algumas empresas não fecharam porque tiveram este apoio do BNI, que prega a filosofia givers gain, que é de contribuir para ganhar, de ajuda mútua. Nesse período tão crítico da história mundial, vimos mais do que nunca a força que tem a união das pessoas e das empresas para a sobrevivência em qualquer situação, especialmente, nos contextos adversos”, atesta Eugênio Elyseu, lembrando que o BNI provou ser uma ferramenta importante para os empresários na crise.

Ajuda psicológica – Diego Gomes, 35 anos, dono da Presenterapia, loja de presentes e chocolates artesanais, no bairro Floresta, região Leste de Belo Horizonte, foi um dos empresários que não fechou as portas graças ao BNI. “A ajuda foi psicológica, fomos conversando uns com os outros e encontrando palavras amigas e caminhos diante dos desafios”, lembra Gomes, que havia feito investimento alto na compra de chocolates, especialmente para abastecer as prateleiras da loja na Páscoa de 2020. A pandemia começou em março daquele ano, poucos dias antes da data religiosa, e abortou, então, o sonho de Gomes ter lucros e estabelecimento lotado.

“Fiquei um tempo parado, com as portas fechadas, até que os colegas do BNI me estimularam a não parar e a vender os produtos on-line. Perguntei: como? Eles responderam: pelo Instagram e WhatsApp. Mas quem vai entregar? Questionei. Eles responderam, você mesmo”. E foi assim, na marra, com o empurrão dos colegas, que ele passou a postar produtos nas redes sociais. Choveram pedidos e ele entregava pessoalmente aos clientes. No caminho, ele contou também com a ajuda de um motoboy, colega de grupo do BNI, hoje parceiro do comerciante para as entregas.

A loja de Diego Gomes, que antes vendia só chocolates, ampliou o leque de produtos e mudou de nome. Passou a comercializar também presentes criativos e temáticos e deixou o nome de ChocoIarte para trás. Os negócios se reergueram com as vendas on-line e ele voltou a sonhar e colocar planos em prática. “Estou renovando a fachada da loja física e criando o e-commerce, que entra em operação em outubro. Quero expandir as vendas para toda Minas Gerais e futuramente para o Brasil. Estou muito otimista’, garante.

O diretor do BNI em Minas, Eugênio Elyseu, destaca o papel da  organização como ferramenta importante para unir ainda os empresários na crise. Valores como a atitude positiva, a solidariedade e a inovação aliada à tradição presentes nos 36 anos de história do BNI não deixaram de ser passados nas reuniões, mesmo diante de um cenário em que muitos não viam perspectivas de manter os negócios. Esses lemas da organização se tornaram, sim, ainda tornaram mais fortes.

“A pandemia é o momento de termos uma atitude positiva e falarmos: nós estamos prontos e vamos sair mais fortalecidos. Foi um aprendizado muito grande. Então, é o que a gente tenta trabalhar todos os dias com todos os empresários”, afirma Eugênio Elyseu. Outro fator importante para a geração de negócios durante a pandemia foi, segundo o diretor do BNI, a escuta entre os membros. “Ajudamos não só na parte financeira, mas de forma a ouvir os empresários e a dar um colo àqueles que, muitas vezes, o maior desafio não era o financeiro, mas era o ter com quem conversar”, afirmou o empresário.

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