Área de finanças mostra sua força no pós-pandemia

4 de maio de 2022

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Crédito: Freepik

A cena é tradicional nas companhias brasileiras: durante os meses de novembro e dezembro, realizam-se as reuniões para a previsão orçamentária das diversas áreas para o decorrer do próximo ano. No entanto, as perdas financeiras provocadas pela pandemia da Covid-19 têm gerado um “efeito onda” nas finanças com um impacto que perdura inclusive e principalmente no cenário atual. Ignorando isso, agora no primeiro quadrimestre do ano, diversos negócios amargam perdas de orçamento para projetos estratégicos e até mesmo manutenção de equipes fundamentais.

É importante lembrar que, a partir de 2020, vivemos num cenário totalmente atípico. A visão geral do planejamento a médio e longo prazos não consegue mais garantir a perenidade da verba de projetos. As perdas financeiras com a Covid-19 também impactaram diversas despesas periféricas, normalmente não detectadas “a olho nu”. Por isso, a importância cada vez maior de colocar uma lupa nas despesas de curto prazo. Elas não são mais meramente operacionais: elas são estratégicas.

A gestão das contas de curto prazo identifica, de forma imediata, os excedentes e déficits, o que permite avaliar a melhor maneira de distribuí-los ou cobri-los. O “efeito onda” criado pelas perdas financeiras da Covid-19 não se mostra em meses: ele se mostra no hoje. Por isso, a gestão do fluxo de caixa tem cada vez mais perdido seu aspecto meramente operacional, de dia a dia, para ganhar contornos estratégicos na gestão contábil das companhias.

Não é à toa que investimentos em tecnologia se consolidaram como prioridade para os CFOs (Chief Financial Officer) com a pandemia da Covid-19, diante da necessidade de um maior foco na segurança, compliance e risco, e de tomada rápida de decisões. Segundo a pesquisa “2021 CFO Peer Insights: Digital Transformation and IT Spending Priorities”, da Rimini Street, 80% dos executivos de finanças colocaram a transformação digital na lista das cinco prioridades da corporação.

Na avaliação de 95% dos CFOs, aliás, os investimentos em tecnologia são vitais para a recuperação dos negócios diante da crise provocada pela pandemia. O levantamento ouviu 1.572 executivos e líderes financeiros, de empresas com pelo menos US$ 200 milhões em receita anual, em 13 países, incluindo Estados Unidos, Brasil, Alemanha e Japão.

No caso da contabilidade, ganha força o uso de plataformas de gestão de desempenho corporativo (CPM), que podem dar uma previsibilidade financeira de curto, médio e longo prazo, oferecendo aos profissionais das áreas financeiras uma administração assertiva e precisa dos recursos da empresa, sem pontos cegos. Entre as principais funcionalidades estão: automatização de demonstrações financeiras; análise de inconsistências; planejamento/modelagem de cenários e riscos; consolidação contábil; reportes financeiros; revisão de dados e criação de dashboards de monitoramentos dos indicadores-chave da empresa.

Essas ferramentas permitem elaborar as demonstrações gerenciais necessárias para as análises que auxiliam as empresas a atingir seus objetivos financeiros. Diante da necessidade de uma resposta rápida aos impactos causados pela pandemia, uma das vantagens das plataformas tecnológicas é a geração de relatórios de demonstrações financeiras em apenas segundos ao automatizar processos manuais.

Observamos que tem sido recorrente a suspensão de projetos e até mesmo cortes de equipes por falta de visão de curto e médio prazos das verbas provisionadas nas companhias. O acompanhamento dos fluxos de curto prazo evita esse tipo de surpresa e ajuda a fazer o elo com a previsão orçamentária de longo prazo.

Portanto, investir em tecnologias que cumpram esse papel não significa apenas dar agilidade a processos. É também ir além do simples reporte operacional e transformar de fato a gestão contábil em um recurso estratégico valioso para a manutenção e a expansão dos negócios.

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