ALMG será presidida por Agostinho Patrus

2 de fevereiro de 2019 às 0h05

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Crédito: Guilherme Bergamini/ALMG

O deputado Agostinho Patrus (PV) foi eleito na sexta-feira (1º) presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para o biênio 2019-2021, com 75 votos. A eleição da Mesa da Assembleia foi realizada eleita com voto aberto, pela terceira vez consecutiva, logo após a posse dos 77 deputados da 19ª Legislatura.

Uma única chapa participou da eleição dos sete cargos da Mesa. Além de Agostinho Patrus, foram eleitos os deputados Antonio Carlos Arantes (PSDB), para 1º-vice-presidente; Cristiano Silveira (PT), para 2º-vice; o deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT), na 3ª-vice-presidência; Tadeu Martins Leite (MDB), para 1º-secretário; Carlos Henrique (PRB), para 2º-secretário; e Arlen Santiago (PTB), como 3º-secretário.

Depois da votação, o deputado Hely Tarqüínio, que presidiu o início da reunião por ser o mais idoso da Assembleia (78 anos), declarou empossado o deputado Agostinho Patrus e transferiu a ele a presidência dos trabalhos. Por sua vez, Agostinho Patrus deu posse aos demais membros da Mesa.

Logo após a eleição, o presidente Agostinho Patrus iniciou seu primeiro discurso lembrando o rompimento da barragem da empresa Vale no município de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que causou centenas de mortes e grande devastação. Ele assumiu o compromisso de trabalhar para evitar que isso se repita. “A Assembleia inicia esta legislatura sob o signo do luto, solidária no sofrimento dos atingidos e perfilada com outros órgãos de fiscalização e controle – dos três níveis federativos – na tarefa de trabalhar para que eventos devastadores como este não se repitam. É o que a sociedade espera de nós. É o compromisso que temos com ela”, afirmou.

A difícil situação financeira do Estado também foi lembrada por Agostinho Patrus em seu discurso. Ele ressaltou que o Parlamento tem o papel de garantir que as decisões para o enfrentamento da crise respeitarão a democracia. “Se é certo que não haverá solução fácil e indolor, também é certo que não haverá solução adequada fora do crivo do Parlamento”, disse.
Agostinho Patrus comentou a diversidade de opiniões e posturas que qualificarão esta legislatura, integrada por parlamentares de 28 partidos.

“Casas legislativas não são moradas de pensamento hegemônico. Um de seus elementos estruturantes é justamente a multiplicidade de opiniões”, declarou. Segundo o presidente, mesmo diante das diferenças, os objetivos de todos são comuns: justiça social, desenvolvimento, oportunidades iguais e respeito às diferenças.

Posse – A marcha fúnebre executada por um bombeiro militar em homenagem às vítimas do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, marcou a solenidade de posse dos parlamentares da 19ª Legislatura, no plenário da ALMG.

A reunião foi presidida pelo deputado Hely Tarqüínio (PV), que abriu a cerimônia citando o sentimento de dor e de pesar de todo o povo mineiro representado no Legislativo e expressando a solidariedade humana e espiritual aos familiares e amigos das vítimas. “Asseguro a todos que a ALMG não faltará ao seu dever de enfrentar e superar os desafios para garantir que fatos como esse não se repitam”, afirmou.

A menção do presidente ao “trabalho heroico” do Corpo de Bombeiros Militar de Minas, no resgate das vítimas em Brumadinho, provocou o aplauso de todos os presentes. Ele citou ainda as outras forças policiais e de defesa civil, bem como os voluntários, vindos também de outras localidades. Além da marcha fúnebre, houve ainda um minuto de silêncio dedicado às vítimas.

Crise fiscal – Em pronunciamento no qual transmitiu a mensagem do Poder Executivo aos parlamentares da nova legislatura, o governador Romeu Zema voltou a pedir um pacto de todas as forças políticas para tornar Minas viável novamente. Ele apresentou números que dão a dimensão da crise fiscal do Estado, como o passivo de R$ 30 bilhões, a dívida pública de R$ 114 bilhões e a previsão de deficit orçamentário de R$ 12 bilhões para este ano.

O governador reiterou que fará a adesão ao regime de recuperação fiscal da União e pediu a reflexão e o apoio dos parlamentares para a aprovação de matérias necessárias ao momento de crise. Ele salientou que o eleitor demostrou nas urnas o desejo de mudança e de uma gestão ética e séria dos recursos públicos.

Para Zema, é preferível a verdade, ainda que inconveniente, ao discurso “demagógico” que levou Minas à falência. “Será o período político de maior escrutínio público de todos os tempos”, previu, citando as redes sociais. Ele ainda reiterou que vai mostrar o que está sendo realizado e quem ou o quê estiver impedindo as ações. “Temos a oportunidade histórica de formar uma aliança para Minas sair da crise maior do que entrou”, finalizou Romeu Zema, pedindo paz, união e diálogo.

Nas imediações da Assembleia e nas áreas abertas ao público, houve manifestações em função do rompimento da barragem em Brumadinho e do pagamento parcelado dos salários e do 13º do funcionalismo estadual. (As informações são da ALMG)

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