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Política

Bolsonaro demite presidente da Petrobras que alertou sobre crise do diesel

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  • Em 24 de maio de 2022 às 12:54
José Mauro Ferreira Coelho, ex-CEO da Petrobras durante discurso
José Mauro Ferreira Coelho é o terceiro CEO da Petrobras demitido por Bolsonaro por causa dos preços dos combustíveis | Crédito: Saulo Cruz/Ministério de Minas e Energia

O presidente Jair Bolsonaro demitiu o presidente-executivo da Petrobras – o segundo em dois meses – depois que a empresa se recusou a vender combustíveis com desconto aos consumidores, alertando que isso levaria à escassez de diesel.

O Brasil está entrando em uma janela crucial para garantir o fornecimento de diesel e a administração da Petrobras alertou o governo na semana passada que as bombas podem ficar secas durante o momento de maior exportação de grãos se a empresa não vender combustível a preços de mercado, de acordo com quatro pessoas próximas às discussões e uma apresentação interna vista pela Reuters.

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A Petrobras disse que a empresa e outros importadores terão dificuldades para garantir o diesel em meio à escassez mais grave do combustível em 14 anos, disseram as fontes.

Analistas, importadores privados e funcionários da agência reguladora de petróleo ANP ecoaram essas preocupações, disseram pessoas familiarizadas com as negociações, que pediram anonimato para discutir o assunto politicamente sensível.

A apresentação da Petrobras sinalizou o risco de desabastecimento no terceiro trimestre, quando a demanda por diesel aumenta sazonalmente no Brasil e nos Estados Unidos. O país sul-americano começa a exportar maiores volumes de milho em agosto.

“Se não houver sinal de preços de mercado à frente, há risco material de desabastecimento de diesel no pico de demanda da safra, afetando o PIB do Brasil”, disse a Petrobras na apresentação intitulada “Combustíveis: desafios e soluções” e datada de maio de 2022.

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A Petrobras não respondeu a um pedido de comentário.

O fornecimento de diesel tornou-se uma preocupação global desde que as sanções contra a Rússia reformularam o comércio de combustível e levaram os estoques internacionais para mínimos históricos. Os países importadores estão avaliando o risco de aumento de custos e escassez de oferta, já que a indústria fecha refinarias para reparos ou para reduzir as emissões de carbono.

As preocupações no Brasil sobre as importações de diesel no segundo semestre do ano aumentaram depois que as refinarias do Golfo dos EUA, seus principais fornecedores, começaram a redirecionar cargas para a Europa, disseram duas das fontes.

“Os estoques globais de diesel estão muito abaixo da média histórica”, disse a Petrobras na apresentação compartilhada com o Ministério de Minas e Energia. “A Petrobras sozinha não pode resolver o aumento global dos preços da energia.”

O ministro da Energia, Adolfo Sachsida, ligou na sexta-feira a analistas de petróleo para perguntar sobre a escassez de diesel no segundo semestre do ano, disse uma pessoa diretamente envolvida no assunto. O ministério não respondeu a um pedido de comentário.

“Se a Petrobras parar de vender diesel a preços internacionais por mais de duas ou três semanas, há uma chance de as bombas secarem”, disse um alto executivo de uma grande produtora de diesel.

O comunicado divulgado perto da meia-noite na segunda-feira (23) pela Petrobras indica que Bolsonaro também pediu a eleição de um novo conselho, abrindo caminho para uma completa reformulação da gestão executiva.

José Mauro Ferreira Coelho é o terceiro CEO da Petrobras demitido por Bolsonaro por causa dos preços dos combustíveis. O presidente, que busca a reeleição em outubro, mas tem ficado atrás nas pesquisas, diz que a Petrobras deve usar seus lucros para reduzir os preços dos combustíveis e ajudar a controlar a inflação.

Sugerir subsídios

Executivos da Petrobras, cujos estatutos proíbem a venda de combustível com prejuízo sem compensação, sugeriram na apresentação que o Brasil poderia cortar impostos ou subsidiar combustíveis aos consumidores, citando o exemplo de vários países da União Europeia.

Os subsídios aos combustíveis custaram ao Brasil cerca de R$ 7,5 bilhões (US$ 1,6 bilhão) em 2018, quando o ex-presidente Michel Temer os implementou por alguns meses para interromper um protesto nacional de caminhoneiros.

O custo de uma medida semelhante este ano pode ultrapassar os R$ 60 bilhões, estimou uma das pessoas próximas às discussões.

A invasão da Ucrânia pela Rússia elevou os preços do petróleo bruto para uma máxima de 14 anos. Este mês, a escassez global levou os comerciantes de diesel a pagar um prêmio de mais de US$ 50 por barril.

No máximo, os estoques brasileiros de diesel podem cobrir cerca de um mês da demanda nacional. Na Petrobras, os suprimentos estão com cerca de metade da capacidade, segundo duas fontes.

O Brasil registra maiores embarques a partir do segundo semestre com a entrada da segunda safra de milho, que se soma a exportações de soja. A maioria dos grãos chega aos portos por meio de longas rotas de caminhões.

A empresa começou a recorrer a fornecedores mais distantes na África Ocidental e na Índia, disse uma das fontes. Mas enquanto uma carga de diesel do Golfo leva de duas a três semanas para chegar ao Brasil, um navio da Índia pode levar de 45 a 60 dias.

“Se as refinarias nos EUA forem danificadas durante a temporada de furacões, ou qualquer outra coisa contribuir para um mercado mais apertado, podemos estar com problemas reais”, disse um executivo da Petrobras sob condição de anonimato.

  • Tags: política
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