Dólar vai a R$ 3,91 em dia de menor liquidez

São Paulo – O dólar fechou ontem com leve alta frente ao real, em um pregão marcado por menor liquidez, porque os mercados dos Estados Unidos (EUA) estiveram fechados com o feriado pelo Dia da Independência, o que desencorajou os investidores a tomarem posições mais fortes. A moeda norte-americana avançou 0,45%, a R$ 3,9130 na venda. Já o dólar futuro tinha variação positiva de cerca de 0,35% no final do dia. “Faltam motivos para uma rodada de mau humor, mas também não há força para o contrário”, afirmou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado. Tensão comercial – Os investidores continuaram de olho na cena externa, com temores sobre a guerra comercial e o prazo de sexta-feira (6) no qual os Estados Unidos devem iniciar a taxação sobre produtos chineses, o que deve gerar retaliações da China como resposta aos norte-americanos. Além disso, a política monetária nos Estados Unidos também estará no radar nesta semana, com a divulgação da ata do Federal Reserve, o banco central do país, e importantes dados de emprego. O mercado quer mais sinais sobre as próximas altas de juros. A ocorrência de taxas de juros mais elevadas tendem a atrair à maior economia do mundo recursos aplicados atualmente em outras praças financeiras, como é o caso da brasileira. O dólar tinha leves variações frente a uma cesta de moedas e pequena alta sobre divisas de países emergentes, como o peso chileno. BC – O Banco Central brasileiro (BC) ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de US$ 14,023 bilhões. Com isso, rolou o equivalente a US$ 2,1 bilhões do total que vence no próximo mês. Como tem feito recentemente, o Banco Central não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio para o pregão de ontem. “O BC só atua quando o movimento (do câmbio) descola do exterior”, destacou Cleber Alessie Machado.