China pede que exportadores de carne desinfetem cargas para evitar Covid-19

30 de dezembro de 2020 às 0h09

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Crédito: REUTERS/Paulo Whitaker

Pequim – Os importadores e processadores de carne da China pediram aos exportadores em países com surtos de Covid-19, como o Brasil, que intensifiquem as verificações nos embarques antes de os carregamentos serem enviados ao maior mercado do mundo, disse o principal grupo industrial do país.

“A China tem importado uma grande quantidade de carnes este ano e detectou vírus nas embalagens de produtos da cadeia de frio muitas vezes, mesmo com muita desinfecção sendo feita internamente”, disse ontem, por telefone, Gao Guan, porta-voz da China Meat Association.

“Deveria ser melhor lidar com isso (controle de vírus) nas origens exportadoras de carnes, e fazer a desinfecção nas unidades de produção”, pois o custo seria menor e a eficiência maior, acrescentou Gao.

A China acelerou a desinfecção e os testes de vírus em alimentos congelados depois que encontrou o coronavírus em produtos e embalagens importados. As medidas aumentaram os custos, interromperam o comércio e irritaram os principais exportadores.

O órgão da indústria sugeriu que os exportadores dos países atingidos pela Covid-19 deveriam desinfetar a embalagem externa dos produtos e a parte interna dos contêineres antes de lacrar os produtos de exportação, disse um comunicado publicado na conta oficial da associação no WeChat no fim de semana.

A iniciativa foi proposta para “garantir a segurança dos alimentos importados da cadeia de frio e aumentar a confiança dos consumidores nos produtos importados da cadeia de frio”, disse o comunicado.

A proposta surgiu depois que alguns grandes exportadores, incluindo JBS no Brasil, começaram a tomar medidas com ampla desinfecção de produtos e locais de armazenamento, para abastecer a China com produtos seguros, disse Gao.

Os casos relatados mostraram que o contato com embalagens contaminadas com coronavírus poderia levar à infecção humana, disse a associação chinesa. A Organização Mundial de Saúde afirmou que o risco de contrair Covid-19 em alimentos congelados é baixo. As autoridades chinesas repetiram que esse risco era baixo, mas que ainda assim, havia um risco. “O vírus é novo. Ainda estamos acumulando experiência ao lutar contra ele”, disse Gao. “Devemos nos reunir e discutir como usar a maneira mais científica, eficiente e de baixo custo para garantir a saúde pública e o comércio ao mesmo tempo”, acrescentou Gao. (Reuters)

Portaria impõe critérios a pesqueiros

A Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou ontem a Portaria nº 310, que estabelece os critérios e requisitos higiênico-sanitários de embarcações pesqueiras de produção primária que fornecem matéria-prima para o processamento industrial de produtos da pesca destinados ao mercado nacional e internacional.

A medida tem como objetivo a melhoria contínua da cadeia produtiva primária da pesca, por meio da adoção de práticas higiênico-sanitárias a bordo das embarcações, considerando a crescente demanda de países e blocos econômicos por produtos de pescado e derivados.

Pescadores, armadores e empresas proprietárias de embarcações pesqueiras de produção primária deverão se adequar aos critérios e requisitos da norma para obter a certificação da embarcação junto à secretaria, conforme os procedimentos descritos na Portaria.

As embarcações pesqueiras (exceto barcos-fábrica) que fornecem matéria-prima para o processamento industrial deverão obter a certificação dentro do prazo de 365 dias a partir da entrada em vigor da Portaria, ou seja, até o dia 29 de dezembro de 2021.

Após esta data, somente embarcações pesqueiras certificadas e identificadas em Lista Oficial da SAP/Mapa poderão fornecer matéria-prima para os estabelecimentos sob serviço oficial de inspeção. (As informações são do Mapa)

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