8,8 milhões de brasileiros estão em home office

17 de junho de 2020 às 0h09

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Crédito: REUTERS/Pilar Olivares

Rio de Janeiro – As medidas de isolamento social decretadas por estados e municípios para tentar conter a disseminação do coronavírus deixaram 14,6 milhões de brasileiros afastados do trabalho, além de forçar outros 8,8 milhões a trabalharem de forma remota, de acordo com pesquisa do IBGE divulgada nesta terça-feira sobre o impacto da pandemia de Covid-19 sobre o mercado de trabalho do País.

De acordo com o levantamento, 84,4 milhões de brasileiros estavam ocupados no mercado brasileiro na semana de 24 a 30 de maio, dos quais 23,4 milhões sofreram impacto direto em suas rotinas de trabalho, seja o afastamento das funções ou o chamado trabalho em “home office”.

“O afastado manteve vínculo com o trabalho, mas a pessoa não foi trabalhar por algum motivo, pode ser que o afastado não trabalhou nenhuma hora na semana de referência, pode ser um dono do comércio ou camelô que não pôde abrir o negócio, ou uma doméstica que não podia ir à casa da patroa ou comércio não essencial que não pôde abrir”, disse Maria Lucia Vieira, gerente do IBGE.

Segundo o IBGE, na última semana de maio havia 10,9 milhões de pessoas desempregadas no País e 17,7 milhões de pessoas que estão fora da força de trabalho e que gostariam de trabalhar, mas que não procuram emprego seja por causa da pandemia seja por não haver uma ocupação na localidade em que moram.

A demanda por um posto de trabalho no fim do mês de maio alcançou no total 28,6 milhões pessoas, segundo a pesquisa Pnad Covid do IBGE.

“Hoje temos um problema de emprego, e uma política de geração de emprego tem que estar mirando e olhando para essas 28,5 milhões de pessoas”, disse o diretor do IBGE Cimar Azeredo.

“A demanda sobre o mercado de trabalho é de mais de 28 milhões de pessoas, parte tomou providência e parte não fez por causa da pandemia ou porque não tinha emprego no local onde mora”, acrescentou.

A Pnad Covid foi realizada pelo telefone e tem como objetivo avaliar os impactos da Covid-19 sobre o mercado de trabalho. O levantamento não é comparável com a Pnad Contínua, uma vez que a nova pesquisa acompanha os movimentos do mercado semanalmente, enquanto a pesquisa tradicional é um levantamento que trabalha com trimestres móveis.

A taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua apontou que o desemprego voltou a aumentar no Brasil e chegou ao maior nível em um ano no trimestre encerrado em abril, com perdas recordes na ocupação, e o número de desempregados atingindo 12,8 milhões, diante das dispensas provocadas pelas medidas de restrição ao coronavírus.

Com quase 44 mil mortes confirmadas pela Covid-19 e quase 900 mil casos, o Brasil é o segundo país do mundo mais afetado pela doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos.

Diante da situação provocada pela pandemia, o Ministério da Economia passou a projetar contração do PIB em 2020 de 4,7%, no que seria o pior resultado da série história que começou em 1900. (Reuters)

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