Azul e Latam anunciam acordo de codeshare para enfrentar crise

17 de junho de 2020 às 0h11

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Crédito: Divulgação

São Paulo – Azul e Latam Airlines Brasil anunciaram ontem acordo de codeshare para conectar suas malhas domésticas, ilustrando como o setor aéreo está tentando otimizar a estrutura para enfrentar o cataclisma provocado no setor pelos efeitos da pandemia do coronavírus.

A parceria que deve estar operacional em agosto, inclui inicialmente 50 rotas domésticas não sobrepostas de/para Brasília (BSB), Belo Horizonte (CNF), Recife (REC), Porto Alegre (POA), Campinas (VCP), Curitiba (CWB) e São Paulo (GRU).

Após o anúncio, a ação a Azul subia 6% na bolsa paulista, enquanto o Ibovespa avançava 1,5%. A rival Gol mostrava ganho de 5,6%.

O presidente da Azul, John Rodgerson, disse que a parceria permitirá que cerca de 60 cidades do País hoje sem rotas aéreas possam voltar a ser atendidas.
Rodgerson descartou a possibilidade da parceria de codeshare evoluir eventualmente para uma fusão entre Azul e Latam.

“É só uma forma de otimizar nossas malhas e chegarmos a novos destinos”, disse Rodgerson durante teleconferência com jornalistas.

O acordo envolve também os programas de fidelidade e permite que os 12 milhões de associados do TudoAzul e os 37 milhões de membros do Latam Pass acumulem pontos no programa de sua escolha.

Mesmo com a retomada em maio, após a paralisação quase total das viagens aéreas em meados de março por causa de medidas de quarentena adotadas por governo do mundo todo, as companhias aéreas no Brasil seguem operando apenas com uma pequena fração das rotas que tinham antes.

Pelo lado da Latam, o acerto com a Azul foi possível desde que a companhia saiu da aliança One World mais cedo neste ano, e agora pode fazer acordos individuais com qualquer linha aérea.

O acordo acontece semanas após a Latam Airlines, maior aérea da América Latina, pedir recuperação judicial nos Estados Unidos, como consequência dos impactos da pandemia. O pedido não incluiu as operações no Brasil.

O movimento acontece também enquanto o setor negocia um socorro financeiro do governo federal, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Rogerdson afirmou que tem “esperança de que o acordo com o BNDES saia logo…Mas a ajuda oferecida pelo governo brasileiro está muito aquém do que outros governos estão fazendo no exterior”. (Reuters)

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