Comerciantes mineiros estão descrentes com a política e candidatos

11 de julho de 2018 às 0h00

Os comerciantes mineiros estão pouco confiantes em relação ao cenário político do País e aos presidenciáveis para as próximas eleições. Pesquisa divulgada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG) mostrou que, além da insatisfação com o governo atual, as principais lideranças das Câmaras de Dirigentes Lojistas também não acreditam nas opções de candidatos colocadas até o momento. Entre os comerciantes formadores de opinião entrevistados, 70,5% avaliaram o governo atual como ruim, enquanto 76,7% não confiam nos pré-candidatos. A má gestão do dinheiro público é apontada como principal motivo para uma avaliação negativa do atual governo. Saúde, educação e segurança devem ser as prioridades do próximo presidente, na opinião de 27% dos comerciantes, enquanto 26,3% acreditam que o foco deve ser na carga tributária e 19,7% apontaram a estabilidade econômica como principal necessidade de melhoria. Para o economista da FCDL-MG, Vinícius Carlos da Silva, os dados mostraram a necessidade de mudança no cenário por parte dos representantes do comércio mineiro. “A má empregabilidade dos recursos na gestão pública faz com que os comerciantes não vejam retorno do dinheiro. Além disso, eles consideram que candidatos que já estão no governo têm uma herança do atual governo atual e acreditam que esses candidatos podem manter o fluxo existente e o receio é que tudo permaneça como está e o País não melhore”, explicou. Como reflexo dessa insegurança, 31,9% dos comerciantes ouvidos afirmaram não saber em quem vão votar e 91,3% dos entrevistados afirmaram que falta clareza nas propostas dos atuais pré-candidatos. Além disso, 83% deles não acreditam nas promessas das campanhas eleitorais. “Faltando pouco mais de dois meses para as eleições, ou a comunicação está com um ruído grande, ou os candidatos não definiram bem suas propostas, que não estão chegando de forma eficiente aos comerciantes formadores de opinião”, afirmou Silva. Nesse contexto, o economista da FCDL-MG ressaltou que o comércio se mostra cauteloso em relação a investimentos e ações, uma vez que o principal fator relacionado ao consumo e às compras é a confiança. A tendência para os próximos meses, portanto, é de retração até que a situação política seja definida. “Estamos em um momento econômico difícil, somado às incertezas do período eleitoral e sobre quem vai liderar o Brasil, o que não proporciona aos comerciantes a segurança para investir”, disse. Honestidade – Entre as qualidades para o próximo presidente do Brasil, a honestidade foi mais valorizada do que a formação acadêmica. Enquanto 25% dos líderes de Câmara de Dirigentes Lojistas apontaram que buscam um candidato honesto, nenhum deles optou pela formação acadêmica como característica necessária para eleger o próximo presidente. O levantamento apontou ainda que mais da metade dos comerciantes (59,3%) afirmaram que preferem votar em um candidato novo. “A expectativa é de que candidatos que estejam fora do quadro de não confiança sejam evidenciados para melhorar o governo. Há uma aposta em alguém do setor empresarial, com experiência consolidada e um fluxo de carreira mais íntegro e honesto para fazer as mudanças consideradas necessárias”, concluiu Silva.

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