Compras de aços planos no País avançam 0,5%, diz o Inda

21 de julho de 2021 às 0h28

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Os preços fechados no início do ano favoreceram a importação de aço | Crédito: Divulgação

As compras de aços planos do mês de junho registraram alta de 0,5% perante as de maio, com volume total de 347,3 mil toneladas frente as 345,6 mil toneladas do mês anterior. Em comparação com junho do ano passado, em que foram adquiridas 297,2 mil toneladas, houve alta de 16,8%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), durante coletiva de imprensa.

Segundo o presidente-executivo do Inda, Carlos Jorge Loureiro, as vendas de aços planos em junho contabilizaram queda de 6,4% quando comparadas às de maio, atingindo o montante de 300 mil toneladas contra 320,3 mil toneladas. Em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 295,5 mil toneladas, houve alta de 3,3% em junho.

“Estamos entrando em uma normalidade. Não tem nenhum distribuidor reclamando de falta de entrega ou de matéria-prima, ou seja, não existe aquela fobia por compra. Por outro lado, há uma venda muito disputada. Hoje, o que se fala muito na distribuição é a normalidade das margens normais, em um mercado bem abastecido”, reforça o presidente-executivo do Inda.

Percalços das importações 

Entretanto, as importações surgem como “pedra no sapato” das indústrias e distribuidoras do mercado nacional. Conforme dados do Inda, por exemplo, as importações que chegaram no mês passado foram fechadas nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, com matéria-prima trabalhada a preços inferiores e entre US$ 200 e US$ 300 a tonelada.

“Os empresários que importaram a matéria-prima que está chegando hoje tiveram prêmios de 35%, ou seja, uma margem de lucro bem mais forte para poder brigar pelo mercado. As distribuidoras apontam que esse cenário dificulta para as margens normais, enquanto os outros materiais importados estão com preços mais baixos do que os praticados na ponta da usina. Isso, de certa maneira, é o que leva e justifica essa queda na fase atual”, opina.

Durante o pico da pandemia da Covid-19, o setor sofreu impactos negativos nas vendas. Mesmo com a continuidade da produção na construção civil e na produção agrícola, os registros foram negativos, segundo a avaliação de Loureiro.

“Essa parada momentânea, por várias vezes, gerou nas usinas uma parada total de vendas, o que fez com que elas fossem obrigadas a diminuir altos-fornos. No mês de abril do ano passado, as empresas entregaram no mercado interno 50 mil toneladas contra uma entrega de 1.204 toneladas de aços planos em maio. O que mostra realmente que essa parada gerou nas usinas uma necessidade de parar os equipamentos, principalmente, altos-fornos. Com isso, há uma demora para voltar, porque tem um tempo para ligar o equipamento”, explica.

O presidente-executivo do Inda ainda ressalta que a retomada do consumo é proporcional ao crescimento de vendas, principalmente para clientes que não são da rede.

Loureiro avalia que com esse crescimento, de março até essa primeira quinzena de julho, o consumo aparente de aços planos no País chegará a cerca de 50%. Entretanto, salienta que o aumento continua sendo sobre o consumo aparente muito acima do consumo real.

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