Vendas devem crescer 1,36% para o Dia dos Namorados

7 de junho de 2019 às 0h15

img
Foto: Filó Alves

O Dia dos Namorados vai aquecer o comércio varejista de Belo Horizonte. Segundo a pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), neste ano, 64,1% dos consumidores de Belo Horizonte irão presentear na data comemorativa. O índice está 10,1% superior ao registrado no ano passado. Com a maior intenção de presentear, os comerciantes da Capital esperam um incremento de 1,36% nas vendas. O Dia dos Namorados deve movimentar R$ 2,08 bilhões em junho.

Segundo a economista da CDL-BH, Ana Paula Bastos, o aumento nas vendas é importante para o setor.

“A tendência é de que a comercialização cresça 1,36% na Capital. Apesar do índice pequeno, a alta é muito importante devido ao atual cenário econômico e às altas taxas de desemprego”, explicou.

De acordo com o levantamento, os 35,9% da população que não irão presentear na data têm como principal motivo a falta de alguém para presentear (57,4%), falta dinheiro (29%) ou fará corte de gastos (4,1%).

Cerca de 92% dos consumidores irão comprar apenas um presente. Os itens mais cotados são vestuário (56,6%), seguido por calçados (23,3%) e itens de perfumaria (10,9%). Os três grupos mais procurados são os mesmos de 2018.

Tíquete – Os consumidores que irão presentear pretendem gastar, em média, R$ 110,55 com o presente do Dia dos Namorados em 2019. O valor está 20,1% menor comparado com 2018, porém, o número de consumidores que irão presentear cresceu. Grande parcela dos consumidores (45,3%) pretende gastar entre R$ 50 e R$ 100 com o presente. Já 24,2% escolherão itens entre R$ 100,1 a R$ 150.

“A queda no tíquete médio é resultado do desemprego elevado, menor renda dos consumidores e da tendência da maior parte das compras serem pagas à vista. O consumidor está com receio de contrair dívidas e não ter como honrar no futuro. Isso impacta na intenção de gastos. Mas, mesmo com um tíquete médio menor, como uma parcela maior vai presentear, a tendência é de crescimento nas vendas”, explicou Ana Paula.

A pesquisa da CDL mostra ainda que a tendência é de que a maior parte dos itens sejam adquiridos em lojas de ruas, o que foi apontado por 49,6% dos consumidores que pretendem comprar no Dia dos Namorados. As lojas de shopping são a preferência de 25,9% dos consumidores e a internet é a melhor opção para 7,8% da população consultada. De acordo com a pesquisa, 21,7% dos entrevistados não têm preferência.

Em relação ao tíquete médio, nas lojas de rua, os gastos ficarão em torno de R$ 104,37, e nas lojas dos shoppings, em cerca de R$ 122,73. Já na internet, as despesas com o Dia dos Namorados devem somar R$ 157,5.

Pagamento à vista – A pesquisa da CDL-BH constatou que a maior parte dos consumidores está evitando contrair dívidas com receio do desemprego. Por isso, para 62% dos consumidores, o presente do Dia dos Namorados será pago em dinheiro, para 18,6%, no cartão de débito, 12,4% pagarão à vista no cartão de crédito e 2,3% pagarão à vista no cartão da própria loja. Somente 6,2% irão parcelar no cartão de crédito. Somando, 95,3% dos consumidores, que irão presentear no Dia dos Namorados, pretendem realizar os pagamentos à vista.

Para ter um melhor desempenho na data, os lojistas precisam estar atentos aos preços, que devem ser atrativos, e ao atendimento. De acordo com a pesquisa, para 55,8% dos consumidores, o preço dos produtos é o que mais os atrai durante as compras. O segundo ponto avaliado pelos consumidores é o bom atendimento, com 37,2% das respostas. Também foram citados como atrativos a agilidade no atendimento (27,1%) e as promoções (24,8%). Já o principal fator que pode dificultar as compras, segundo a maioria dos entrevistados (53,5%), é a falta de cordialidade no atendimento.

A maior parte dos consumidores entrevistados (40,3%) não pretende fazer outro tipo de comemoração no Dia dos Namorados. Entre os que vão celebrar a data, a opção preferida será o jantar em restaurante (29,5%). Algumas das demais opções de comemorações citadas foram: lanchar fora (9,3%), motel (5,4%), cinema e teatro (3,9%) e almoço em casa (3,1%). O custo médio das comemorações deve ficar em R$ 87,50.

A pesquisa da CDL-BH contou com a participação de 302 consumidores da Capital entre os dias 20 e 30 de maio.

País espera alta de 1,9% nas vendas

Rio de Janeiro – A expectativa do comércio para as vendas relacionadas ao Dia dos Namorados, em 12 de junho, é de alta de 1,9% na comparação com o ano passado. Segundo pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), este é o terceiro ano seguido de melhora nas vendas, após dois anos de recessão econômica em que a data apresentou perdas.

Em 2015, o comércio teve queda de 1,1% e em 2016 a redução nas vendas foi ainda maior, chegando a 4,9%. Em 2017 a recuperação do comércio no Dia dos Namorados foi de 2,5% e em 2018 subiu 1,5%. Segundo a CNC, a data é a sexta mais importante para o calendário varejista do País.

Vestuário e acessórios – O principal segmento do comércio relacionado ao Dia dos Namorados é o de vestuário e acessórios, que tem expectativa de subir 3,1% na comparação com 2018, chegando ao valor de R$ 611 milhões, o que corresponde a 37,4% do total esperado.

Em segundo lugar, ficam os hiper e supermercados, com expectativa de movimentar R$ 553,1 milhões, 1,8% a mais do que no ano passado. Em seguida, estão os artigos de uso pessoal e doméstico, que esperam vender 2,2% a mais, com faturamento de R$ 243,4 milhões.

De acordo com a CNC, alguns ramos estão oferecendo os produtos com preços menores do que no mesmo período do ano passado, como o de roupas femininas (-3,0%), tênis (-2,6%), artigos de maquiagem (-2,6%) e bolsas (-2,4%). Já o serviço de excursões está 16,4% mais caro do que em 2018.

Por outro lado, a entidade ressalta que as condições de crédito para pessoa física estão piores, com a alta dos juros, o que pode ser um dificultador das vendas.

“De fato, segundo levantamento mensal do Banco Central, a taxa média de juros nas operações de crédito destinadas às pessoas físicas, que havia encerrado o ano passado no patamar mais baixo (48,9% ao ano) desde setembro de 2014 (+48,3% a.a.), vem apresentando clara tendência de alta, atingindo atualmente 53,6%. Com isso, a prestação média simulada de empréstimos e financiamentos cresceu 5,0% desde dezembro do ano passado, dificultando, portanto, a ampliação do consumo a prazo”, diz nota da CNC. (ABr)

Tags:
Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail