Coronavírus reduz fluxo no comércio da Capital

17 de março de 2020 às 0h20

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Crédito: Alisson J. Silva Arquivo DC | No último fim de semana, o número de visitantes no Mercado Central apresentou uma retração estimada de 10% a 15%

O avanço do novo coronavírus (Covid-19) pelo Brasil e as recomendações do Ministério da Saúde para conter a disseminação da doença pelo País, como evitar aglomerações e o isolamento domiciliar ou hospitalar de pessoas com sintomas da doença por até 14 dias, já impactam o comércio da capital mineira.

Shopping centers e o Mercado Central registraram queda no fluxo de visitantes e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) inicia campanha de conscientização.

Tradicional ponto turístico da capital mineira, o Mercado Central de Belo Horizonte recebe mais de um milhão de pessoas todos os meses e apurou, no último fim de semana, um menor volume de pessoas pelos corredores. De acordo com o superintendente, Luiz Carlos Braga, a queda observada ficou entre 10% e 15% aos períodos tradicionais e pode ser associada ao avanço da doença no mundo e, mais especificamente, no País, nos últimos dias.

“Na verdade, desde que a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou a doença como pandemia, o fluxo de visitantes começou a diminuir. Fator determinante neste movimento está no perfil dos nossos clientes que são, em grande parte, idosos e integram um dos principais grupos de risco da doença”, avaliou.

A queda na movimentação pelas lojas do Mercado, conforme Braga, inevitavelmente acarretará em consequências para o desempenho do comércio da capital mineira, que vinha tentando se reerguer após a perda do dinamismo da economia nacional e do consumo no País nos últimos anos. De toda maneira, conforme ele, a administração não cogita fechar as portas do Mercado Central nas próximas semanas.

Para isso, tem adotado, junto aos lojistas, uma série de medidas como forma a colaborar para o controle da doença e a retomada funcionamento normal do comércio no hipercentro da Capital.

“Só fecharemos se houver algum decreto ou determinação dos órgãos de saúde para tal. Por enquanto, não existe esta possibilidade. As lojas seguem abertas, funcionando normalmente, inclusive com alguns funcionários com mais de 60 anos trabalhando. De nossa parte, juntamente com os lojistas, estamos cuidado da limpeza e assepsia dos corredores, banheiros e corrimãos”, detalhou.

Entre os shopping centers de Belo Horizonte, embora tenha sido observado o menor fluxo de visitação, por parte de frequentadores, as administrações de alguns centros de compras consultados pela reportagem afirmaram ainda não ser possível mensurar dados, nem tampouco consequências nos níveis de comercialização das operações.

Por meio de nota, o Shopping Del Rey (Noroeste) informou que seu corpo administrativo está atento, prezando pela saúde e bem-estar dos clientes, colaboradores e lojistas. Por isso, também adotou uma campanha de conscientização, prevenção e combate ao novo coronavírus.

“Estamos oferecendo novos pontos de álcool gel nos principais corredores, banheiros e praça de alimentação; aumentamos a distância entre as mesas da praça de alimentação; reforçamos os procedimentos de limpeza e descontaminação dos ambientes e a checagem frequente dos condicionadores de ar e exaustores para limpeza; e reforçamos a orientação aos nossos colaboradores e parceiros a adotarem os procedimentos determinados pelo Ministério da Saúde para reduzir o risco de contaminação”, afirma, em nota.

Da mesma maneira, os shoppings da rede Multiplan localizados em Belo Horizonte – BH Shopping, Diamond Mall e Pátio Savassi – informam que acompanham com o devido cuidado e atenção as informações sobre o Covid-19.

Os shoppings esclareceram ainda que já adotaram uma série de medidas, no sentido de intensificar ainda mais a limpeza e higienização de suas dependências, e já veiculam, em suas instalações, uma campanha educativa sobre o assunto.

Por fim, a CDL-BH informou que ainda esta semana iniciará campanha de prevenção ao coronavírus, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde e a Unimed-BH, tendo como público-alvo estabelecimentos comerciais, trabalhadores e a população. Para isso, vai contar com equipes em 32 centros comerciais de Belo Horizonte e Nova Lima para a distribuição de material informativo.

“Além de esclarecer os lojistas sobre alguns procedimentos internos junto aos seus colaboradores, nosso objetivo é fazer com que todas as pessoas que frequentam o comércio de Belo Horizonte recebam um folheto contendo informações sobre os meios para a prevenção da doença”, explicou o presidente da entidade, Marcelo de Souza e Silva.

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