Com objetivo de aprimorar a comunicação entre empresa e comunidade, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Congonhas, região Central de Minas, criou um comitê formado por representantes da siderúrgica, poder público e sociedade organizada. Gerente geral de Sustentabilidade da CSN Mineração, Eduardo Sanches explica que a demanda por melhoria na qualidade de informação e diálogo partiu tanto da comunidade, como da própria empresa. Segundo ele, é possível identificar que essa maior demanda por informações ocorre como um dos reflexos do acidente da Samarco – mineradora controlada pela Vale e BHP Billiton –, em Mariana (Central de Minas), em 2015, quando o rompimento da barragem Fundão causou 19 mortes e o maior dano ambiental do País. No primeiro encontro do comitê da CSN, ocorrido no último dia 7, os principais assuntos abordados foram exatamente barragens e plano de emergência. Ainda de acordo com Sanches, o evento da Samarco foi um marco que levou a mudanças de toda a concepção de gestão ambiental e no processo de comunicação, o que auxilia na identificação de fragilidades. “Houve uma evolução e um aprendizado (após o acidente na Samarco) que acabou alavancando esse processo de comunicação com a comunidade de forma organizada e sistêmica”, disse. Até então, a CSN vinha atendendo à comunidade de acordo com as demandas. Com o comitê, as partes interessadas estarão ligadas, tornando possível o atendimento de forma mais organizada e completa. Conforme Sanches, a pauta será emitida antecipadamente, sendo que os encontros terão duração de um dia inteiro e incluirão visitas à empresa. Também na primeira reunião do comitê foram apresentados dados sobre a companhia. Atualmente a CSN Mineração gera 6 mil empregos diretos e 2 mil indiretos em Congonhas. A siderúrgica responde por 36,5% da arrecadação total do município, segundo a empresa. Sanches ressalta que é relevante que a comunidade entenda a importância do negócio para que o diálogo ocorra de maneira mais efetiva. Leia também: Produção e venda de aço têm alta Participação – Entre as entidades convidadas para o primeiro encontro estiveram Associação Comercial de Congonhas, secretarias municipais de Saúde, Assistência Social, Educação e Desenvolvimento Econômico, Polícia Militar, Defesa Civil Municipal, Câmara de Vereadores e associações de moradores. Diretor da Área de Meio Ambiente e Saúde da Associação do Residencial Casa de Pedra, Fábio de Almeida participou da primeira reunião do comitê e não saiu satisfeito. Ele acredita que o encontro não foi suficiente para garantir o diálogo com a comunidade e que a representatividade dos que são de fato afetados foi pequena. Ele informou que a empresa ficou de marcar uma reunião específica para tratar das questões do residencial, que fica próximo a uma das barragens da empresa. Representante da União das Associações Comunitárias de Congonhas (Unaccon), Sandoval Souza Pinto Filho acredita que a principal demanda da comunidade é quanto à qualidade do ar. Em seguida vem a preocupação com as barragens. A Unaccon representa 50 associações. Segundo Souza, a associação não foi convidada a participar da primeira reunião na CSN, mas ele acredita que irá ser chamada em outras ocasiões. A própria empresa informou que novos representantes serão incluídos nos próximos encontros.
COTAÇÃO DE 16/06/2022
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