Edifício Acaiaca terá elevador panorâmico

4 de outubro de 2018 às 0h05

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Fachadas inconfundíveis do Edifício Acaiaca, em art déco, e o hall da construção são tombados pelo patrimônio histórico - Divulgação

Do alto dos seus 71 anos, o Edifício Acaiaca, um dos mais emblemáticos do hipercentro de Belo Horizonte, tem tudo para começar uma nova história. Depois de ganhar uma biografia, no ano passado, escrita pelo empresário Antonio Miranda, no livro “Edifício Acaiaca – O Colosso humano e concreto”, agora ganha um projeto de revitalização.

A ideia que já vinha sendo gestada pelo escritor e outros ocupantes do prédio é firmada com um projeto idealizado pela vice-presidente de Comunicação da Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais (Abrasip-MG), Carla Macedo. O Colosso de 29 andares ostenta uma das mais bonitas fachadas em art déco da cidade e que tem, além dela, o hall tombado.

De acordo com a engenheira, tudo começou com um projeto de adequação do sistema de combate a incêndio. A oportunidade de conhecer internamente um equipamento histórico de tamanha importância para a Capital acabou gerando o interesse em trabalhar de maneira mais profunda na recuperação do Acaiaca.

“O condomínio nos chamou porque precisava de um relatório de não conformidade das instalações elétricas. Quando começamos a fazer o trabalho, percebemos que o Acaiaca merecia uma modelagem em 3D, porque necessita de uma série de trabalhos. Oferecemos, então, uma consultoria global em engenharia. Já fizemos o projeto de iluminação da fachada e terminamos a modelagem arquitetônica do prédio, inclusive com o uso de drone. Agora, vamos para o projeto elétrico”, explica Carla Macedo.

A expectativa é que o edifício receba um elevador panorâmico na parede lateral e uma escada externa, tudo feito sem afetar o patrimônio tombado. Os recursos necessários deverão vir de patrocínios privados. O projeto ainda não foi orçado.

“O Acaiaca já tem um plano diretor aprovado, o que significa o empenho do condomínio em preservar sua história e manter o prédio em pleno funcionamento, como um dos mais importantes de Belo Horizonte. Esse é um planejamento de longo prazo. Já aprovamos o conceito das obras no MP (Ministério Público). Agora é hora de aprovar o projeto. Enquanto isso, já começamos a busca por patrocinadores”, afirma a engenheira da Criar Projeto e Consultoria Ltda.

Museu nas alturas – Outro ponto importante já imaginado pelos condôminos é a transformação do 25º andar em um museu que reúna as histórias do próprio Acaiaca e do centro da Capital. Bem em frente à Igreja Matriz de São José, na avenida Afonso Pena –, recuperada entre os anos de 2011 e 2017 –, o prédio já abrigou empresas importantes para a economia mineira e hoje vem atraindo jovens empreendedores, que veem na sua localização estratégica um grande diferencial, além do charme de uma construção histórica e tributária de um dos estilos arquitetônicos mais famosos do mundo.

“A revitalização e iluminação do Acaiaca tem muito a contribuir com a beleza e a segurança do Centro. Esse é um movimento particular do Acaiaca, mas que vai impactar muita gente. O Centro está muito descuidado, escuro, e queremos que ele seja uma referência de como isso pode mudar. Já tem várias equipes trabalhando hoje em pontos específicos da revitalização e, quando concluirmos esse conjunto principal de obras que envolvem a fachada e o elevador panorâmico, será um grande presente para a cidade”, avalia.

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