Empreendimentos em Minas são adiados à espera de retomada

5 de julho de 2018 às 0h00

De 2015 a maio deste ano, o governo mineiro assinou 55 protocolos de intenção com empresas que pretendem investir no Estado, somando aportes de R$ 14,9 bilhões. Além disso, há outros R$ 5,8 bilhões em investimentos em implantação e R$ 5,1 bilhões em projetos que entraram em operação. Em relação ao crédito, os desembolsos do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) no mesmo período já somam R$ 5,1 bilhões e devem chegar a R$ 5,6 bilhões até o final de 2018. Os dados foram informados, ontem, pelo governo de Minas, que reuniu, em Belo Horizonte, seus órgãos e instituições de fomento à economia mineira e atração de investimentos para fazer um balanço desde o início do governo Fernando Pimentel. Além do BDMG, a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge)/Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e a Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi) também estavam presentes. Nas contas do Indi, de 2015 até maio deste ano, foram assinados 55 protocolos de intenção, que somam investimentos de R$ 14,9 bilhões e 15,8 mil empregos. Além disso, são R$ 11 bilhões em decisões de investimentos e 87 projetos, mas, em implantação, são somente 30 projetos, totalizando R$ 5,8 bilhões, entre documentos firmados nessa gestão do governo e anteriormente. “São R$ 11 bilhões em decisões de investimento, mas em curso só a metade. Isso dá uma ideia do desafio colocado e mostra que ainda há uma trava muito grande na recuperação econômica. Estamos vendo um volume imenso de projetos já colocados para Minas, mas só metade avançou para implantação. O estoque de decisões está na expectativa da melhoria do ambiente econômico”, explicou o vice-presidente do Indi, Ricardo Ruiz. A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) reúne a maior parte dos aportes em implantação (R$ 2,5 bilhões), seguida pelo Triângulo Mineiro (R$ 965 milhões) e pela região Noroeste do Estado (R$ 864,7 milhões). O Indi informou ainda que, de 2015 a maio deste ano, 91 projetos, com investimentos de R$ 5,1 bilhões, entraram em operação, gerando 11,8 mil postos de trabalho. Ruiz explicou que o órgão direcionou os esforços para atração de investimentos desde 2015 para setores estratégicos, como o de biotecnologia e ciências da vida, inovação na mineração, materiais estratégicos e energia renovável e tecnologias sustentáveis, entre outros. Juntos, de 2015 a maio deste ano, esses setores responderam por aportes de R$ 6,7 bilhões e 3,8 mil empregos. “Todos esses setores são estratégicos porque é com eles que vamos promover a diversificação econômica de Minas Gerais. O maior desafio não é atrair investimentos ou empregos, mas adicionar ao Estado atividades que ele não tem”, pontuou o vice-presidente do Indi. Leia também Codemig tem priorizado projetos de alta tecnologia BDMG – Na mesma linha, o presidente do BDMG, Marco Aurélio Crocco, explicou que, desde 2015 e com mais ênfase desde 2016, passou a focar sua atuação nos financiamentos para atividades que o setor privado não financia. “Tentamos dar um direcionamento nos nossos financiamentos com foco em quatro que, por aversão ao risco, o setor privado não atua. Essas áreas são: sustentabilidade, agronegócio, inovação e desenvolvimento regional e social”, definiu. De 2015 a maio deste ano, o BDMG desembolsou R$ 5,1 bilhões, estimulando a criação de 101 mil empregos. Mais R$ 500 milhões devem ser emprestados até o final de 2018. Na área de desenvolvimento regional e social, os financiamentos no período chegaram a R$ 1,1 bilhão. A infraestrutura de municípios recebeu R$ 476 milhões em empréstimos do BDMG de 2015 a maio deste ano, sendo que R$ 256,7 milhões foram aplicados em mobilidade urbana. Do total, 70% das prefeituras que contrataram empréstimos da instituição têm menos de 50 mil habitantes. “Entendemos que os municípios pequenos têm mais dificuldade de acessar crédito no mercado e por isso focamos nesse segmento”, afirmou Crocco. Na área de sustentabilidade e inovação, as liberações do BDMG entre 2015 e maio deste ano chegaram a R$ 274 milhões. Já o agronegócio mineiro recebeu R$ 977,5 milhões em financiamentos do banco no intervalo, sendo que somente a atividade cafeeira, por meio do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), contratou R$ 363 milhões em empréstimos.

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