Indicadores da construção têm queda, mas sinalizam melhora no cenário neste início de ano

28 de fevereiro de 2020 às 0h04

img
Crédito: Divulgação

Brasília – Mesmo com as esperadas quedas em janeiro, os indicadores de atividade, emprego e utilização da capacidade operacional da indústria da construção apontam para a recuperação do setor. O índice de nível de atividade ficou em 47,5 pontos no mês passado, e é 3,5 pontos superior ao registrado em janeiro de 2019. O índice de número de empregados atingiu 47,3 pontos. O indicador está 4,8 pontos acima do verificado há um ano e é o maior registrado em um mês de janeiro desde 2013, quando alcançou 49 pontos. As informações são da Sondagem Indústria da Construção divulgada, ontem, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Os indicadores da pesquisa variam de zero a 100 pontos. Quando estão abaixo dos 50 pontos, mostram queda na atividade e no emprego. “A redução na atividade da indústria da construção em janeiro não surpreende. O mês é tradicionalmente desfavorável para o setor por conta do volume de chuvas, das festas de fim de ano e do intenso movimento das estradas”, diz a pesquisa.

Conforme a Sondagem, a ociosidade do setor também diminuiu. O nível de utilização da capacidade operacional subiu para 60% em janeiro e é 5 pontos percentuais maior do que a do mesmo mês de 2019. Nas grandes empresas, o indicador alcançou 64% e está 9 pontos percentuais acima do registrado em janeiro do ano passado.

“A recuperação da indústria da construção é resultado da estabilidade da economia e, sobretudo, da redução dos juros. A previsibilidade econômica e os juros baixos são importantes para o planejamento de longo prazo exigido pelo setor”, afirma o economista da CNI, Marcelo Azevedo.

Confiança e expectativas – Diante deste cenário, os empresários mantêm o otimismo. O Índice de Confiança do Empresário da Construção (Icei-Construção) caiu 1,1 ponto em relação a janeiro e ficou em 62,9 pontos em fevereiro. Mesmo assim, o índice continua 9,1 pontos acima da média histórica e supera em muito a linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança.

Além disso, os indicadores de expectativas continuam acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. Isso mostra que os empresários esperam o crescimento da atividade, de novos empreendimentos e serviços, da compra de matérias-primas e do número de empregados.

O indicador de intenção de investimento ficou estável em 44,4 pontos, o maior patamar desde outubro de 2014. O índice é 8,4 pontos superior ao registrado em fevereiro de 2019 e supera em 10,2 pontos a média histórica. O indicador de intenção de investimentos varia de zero a cem pontos. Quanto maior o índice, maior a disposição dos empresários para investir.

Esta edição da Sondagem Indústria da Construção ouviu 478 empresas do setor entre 3 e 12 de fevereiro deste ano. Entre as indústrias entrevistadas, 168 são pequenas, 202 são médias e 108 são de grande porte. A pesquisa é feita em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). (Agência CNI)

Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail