Pará de Minas quer atrair indústrias da área da Defesa

10 de outubro de 2018 às 0h15

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A proposta prevê a criação de um ecossistema de empreendedorismo voltado à área de segurança - Ministério da Fazenda

Um projeto em andamento em Pará de Minas, região Central, pode levar o município a ter um polo industrial com empresas de base tecnológica e inovação para atender a demandas da área de defesa e segurança, incluindo Forças Armadas e polícias. A proposta, que envolve poder público, iniciativa privada e sociedade civil organizada, foi discutida no final de setembro, na Câmara Municipal, com a presença de políticos, empresários e representantes da área de segurança. Os investimentos ainda não foram definidos.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Pará de Minas, a administração municipal participa do projeto no sentido de criar as condicionantes para a instalação do novo parque industrial. “O município estuda a viabilidade de ceder imóveis, beneficiar as empresas por meio de incentivo tributário e criar as condições dentro da rede de ensino e estrutura básica da cidade para acolher as novas iniciativas de geração de emprego e renda”, informa nota.

A proposta prevê a criação de um ecossistema de empreendedorismo voltado à área de segurança, com a participação de universidades. O Grupo Mais, que reúne 27 entidades da sociedade civil de Pará de Minas, apoia a iniciativa. Atual coordenador do grupo e diretor-geral da Faculdade de Pará de Minas, o professor Ruperto Benjamin explica que um dos objetivos é chamar a atenção de investidores para os pontos positivos que a cidade reúne para abrigar esse polo industrial da defesa e segurança.

Uma das características que habilita a cidade para tal empreendimento é sua localização, às margens da BR-262, em trecho duplicado, com proximidade à Capital e fácil acesso ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.

O projeto teve impulso com a participação do empresário Rodrigo Campos, que é de Pará de Minas e está à frente da empresa Fortitudine, que presta consultoria empresarial ligada à área da defesa. Ele acredita que a iniciativa deve começar a sair do papel já em 2019.
Campos ressalta que há demanda por produtos e serviços por parte da área de segurança e defesa, do “alfinete até o foguete”, e informa que esse mercado movimenta anualmente, no País, cerca de R$ 200 bilhões. De acordo com ele, parte dos produtos é importada.

Como exemplo de empresas que podem vir a se instalar na cidade, o empresário cita indústria para montagem de aeronave destinada a treinamento militar e civil; indústria para desenvolvimento de veículo tático blindado de uso urbano; startups de desenvolvimento de tecnologia na área de segurança.

Ministério – Ainda segundo o empresário, há um direcionamento do Ministério da Defesa para desenvolver a base da indústria da defesa nacional. “É um polo viável que vai gerar empregos e movimentar a economia”, resume.

Segundo Campos, o projeto já está em andamento. Foram criados grupos de trabalho que, entre outras ações, vão mapear empresas de Pará de Minas que podem ser habilitadas para atender à área de segurança. Entre elas estão as do setor têxtil e alimentício.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa ontem, mas o responsável pelo assunto não estava disponível para entrevistas. No site do ministério é informado que a Base Industrial de Defesa (BID) é o conjunto das empresas estatais ou privadas que participam de pesquisa, desenvolvimento, produção, distribuição e manutenção de produtos estratégicos de defesa. É informado ainda que o ministério atua para promover condições que permitam alavancar a Base Industrial de Defesa brasileira.

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