Rio – O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma queda de 0,9% no trimestre encerrado em abril, na comparação com o trimestre fechado em janeiro. Os dados do Monitor do PIB, divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostram ainda que a economia ficou estável na comparação com o trimestre encerrado em abril de 2018.
Considerando-se apenas o mês de abril, o PIB caiu 0,1% na comparação com março deste ano e 0,3% na comparação com abril do ano passado. No acumulado de 12 meses, o PIB cresceu 0,6%.
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Em termos monetários, o PIB em valores correntes alcançou a cifra de aproximadamente R$ 2,3 trilhões no acumulado até abril do corrente ano.
A queda de 0,9% registrada no trimestre encerrado em abril, na comparação com trimestre finalizado em janeiro, foi provocada por recuos nos três grandes setores produtivos da economia. O principal deles, o setor de serviços, caiu 0,2%, puxado pelos transportes (-1,7%). A indústria teve recuo de 1,3%, influenciado pelo extrativismo mineral (-7,2%). Já a agropecuária caiu 2%.
O consumo do governo caiu 0,1%, enquanto o consumo das famílias manteve-se estável.
A exportação apresentou crescimento de 0,3% no trimestre móvel findo em abril, em comparação ao mesmo trimestre de 2018. Este componente segue em desaceleração, desde seu ápice em janeiro; isto resulta, principalmente, da retração de bens de capital (-39,6%) e de bens de consumo duráveis (-31,1%). Os destaques positivos da exportação devem-se ao desempenho dos produtos da agropecuária (9,3%) e da extrativa mineral (22,8%).
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A importação apresentou retração de 6,1% no trimestre móvel findo em abril, comparativamente ao mesmo trimestre de 2018. As retrações da importação estão concentradas em bens de capital (-24,1%), bens de consumo duráveis (-19,7%), bens de consumo semiduráveis (-17,1%) e nos serviços (-12,8%). Os destaques positivos da importação devem-se ao desempenho dos produtos da agropecuária (11,5%) e da extrativa mineral (8,2%).
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 0,6% no trimestre móvel findo em abril, em comparação ao mesmo trimestre de 2018. Mais uma vez, o desempenho positivo é devido ao componente de máquinas e equipamentos que apresentou crescimento de 1,9%, nesta comparação; este resultado foi influenciado, principalmente, por máquinas automotivas (automóveis e caminhões).
Apesar de positivo, o resultado é declinante e está bem abaixo do ápice de 2018, registrado no trimestre findo em agosto (8,5%). Na comparação realizada na série livre de efeitos sazonais, a taxa de variação mensal da FBCF em abril, na comparação com março, foi positiva em 0,4% com crescimento de seus principais componentes: máquinas e equipamentos e construção. (Com informações da Agência Brasil)