Preços da gasolina e etanol começam a recuar em Minas Gerais

14 de agosto de 2018 às 0h00

A queda no preço da gasolina e do etanol está começando a chegar aos consumidores. Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), nas últimas quatro semanas, o valor médio da gasolina e do etanol caiu em Minas, sendo que a retração foi mais acentuada no preço praticado pelos postos que aquele estipulado pelas distribuidoras. Isso mostra que, enfim, os postos estão repassando aos clientes as quedas praticadas pela Petrobras. Em Minas, de 15 a 21 de julho, o preço médio da gasolina ao consumidor era de R$ 4,796. Já na semana de 5 a 11 de agosto, caiu para R$ 4,735. A retração foi de R$ 0,061. Nessa mesma base comparativa, o preço praticado pelas revendedoras passou de R$ 4,340 para R$ 4,316, com queda de R$ 0,024. A margem praticada pelos postos caiu de R$ 0,456 para R$ 0,419. No caso do etanol, em Minas, as retrações foram mais acentuadas. De 15 a 21 de julho, o preço médio do etanol nos postos era de R$ 3,015. Já de 5 a 11 de agosto, o preço passou para R$ 2,888, retração de R$ 0,127. O valor praticado pelas distribuidoras passou, nessa mesma base comparativa, de R$ 2,524 para R$ R$ 2,400, queda de R$ 0,124. A margem praticada pelos donos de postos passou de R$ 0,491 para R$ 0,488. O presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, informou ontem que o consumo do etanol em Minas subiu 96% no primeiro semestre de 2018 em relação a igual período do ano passado. Segundo ele, a oferta do produto vem aumentando devido à relação vantajosa do preço do etanol em relação ao do açúcar. Este ano, a produção de açúcar terá queda de 800 mil toneladas, cerca de 18% em relação a 2017. Por outro lado, haverá aumento de 400 milhões de litros de etanol, alta de 16% no comparativo com 2017. “Com o aumento da produção e da oferta, o preço cai. O preço ao produtor já caiu 5% e está sendo repassado para a ponta. O etanol está mais competitivo”, diz. Em Belo Horizonte, a relação do etanol/gasolina está em 61%. “É a menor relação de preço da história”, diz. De maneira geral, o uso do etanol é vantajoso quando o preço desse combustível representa até 70% do valor da gasolina. Mário Campos também ressalta que essa queda pode ajudar na redução do preço da gasolina vendida nos postos, que conta com 27% de álcool em sua composição. Na última semana, a Petrobras anunciou queda de 1,70% no preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias, que passou a R$ 1,9002. O site da empresa informa que a previsão é de que, a partir de hoje, o preço passe para R$ 1,9173. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) informou que não comenta os preços praticados pelos postos porque o mercado é livre. “Cada empresário define seu preço de venda, que varia de acordo com inúmeros fatores, tais como estratégias comerciais, localização, concorrência, entre outros”, informa a nota. Leia também: Valores diminuem em 17 estados e no DF ANP publicará resolução para garantir transparência Política de preços – Em julho de 2017, a Petrobras mudou a sua política de preço de diesel e gasolina. Com a medida, foram autorizados reajustes a qualquer momento, desde que os valores estejam dentro da faixa determinada de 7% para cima ou para baixo, acompanhando a volatilidade do mercado. Mas as altas constantes acabaram levando à insatisfação geral e culminou na greve dos caminhoneiros que, em maio, parou o País. Como resultado das manifestações, o preço do diesel está congelado. Segundo a Petrobras, o preço médio de diesel às distribuidoras sem tributos é de R$ 2,0316.

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