Supermercados têm estabilidade de vendas em Minas Gerais

5 de julho de 2019 às 0h16

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Mesmo com desempenho ainda aquém do esperado, setor afirmou que projeção de crescimento das vendas para 2019 será mantida - CRÉDITO:ALISSON J. SILVA/Arquivo DC

Os resultados dos supermercados mineiros em maio, no comparativo com abril, registraram uma ligeira alta de 0,14%, tendendo à estabilidade. Já na relação maio 19/maio 18, houve incremento de 1,01%. Os dados constam do Termômetro de Vendas divulgado ontem pela Associação Mineira de Supermercados (Amis).

Superintendente da entidade, Antônio Claret Nametala informa que eram esperados resultados melhores, mas os números acompanharam o ambiente econômico desfavorável. Além disso, bases comparativas fortes interferiram nos dados.

Claret ressalta que, na comparação de maio com abril, a influência veio da Páscoa. Este ano, a data festiva, considerada uma das mais importantes para o setor supermercadista, foi comemorada no mês de abril. Já na relação de maio com igual mês do ano passado, a interferência foi a greve dos caminhoneiros. Com a paralisação, houve uma corrida aos supermercados, com a população temendo o desabastecimento. Dessa forma, em maio de 2018, foi registrada uma alta de 5,4% nas vendas.

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2019, o setor supermercadista mineiro registrou alta de 1,8% em relação a igual período do ano anterior. Nesse mesmo intervalo, em 2018, a alta estava em 2,63%, também com a interferência da greve dos caminhoneiros, que elevou as vendas dos supermercados.

Antônio Claret informou que os resultados de 2019 estão um pouco abaixo do esperado, mas está mantida a projeção do ano, que é de crescimento de 4%.

“Esse resultado não nos leva a rever a projeção de aumento de 4%, pois esperamos um segundo semestre melhor”, considera.

Ele pontua, no entanto, que, com a demora das reformas estruturais, principalmente a da Previdência, os números podem ser revisados para baixo.

Segundo ele, o setor vem sentindo os efeitos da lenta recuperação da economia e da baixa geração de empregos.

“O retardamento da aprovação da reforma da Previdência nos leva a esse sentimento. Esperávamos estar com a economia mais acelerada”, diz.

Frente a pouca demanda, o setor vem reduzindo as margens. Por fim, ele pontua que a alta concorrência própria do segmento está cada vez mais acentuada.

Regiões – Entre as regiões de Minas analisadas pela Amis, o melhor desempenho na comparação de maio com abril veio da Central, que teve alta de 0,72% nas vendas. Em seguida, estão Rio Doce/Jequitinhonha/Mucuri (+0,38%), Sul (+0,20%) e Norte (+0,17%). Registraram queda a Zona da Mata (-0,78%), Triângulo (-0,50%) e Centro-Oeste (-0,17%).

Segundo Claret, não é esperado que regiões como Zona da Mata e Triângulo ocupem as últimas posições do termômetro. O resultado pode estar ligado à base comparativa forte e também ao lento ritmo da economia. Para o próximo mês, é aguardado melhora dos resultados, principalmente no Triângulo/Alto Paranaíba, com os efeitos sazonais da colheita de café, atividade que gera emprego e renda.

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