Usiminas adia investimento na reforma do alto-forno 3

29 de novembro de 2019 às 0h19

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Geral035 Funcionário trabalha em alto forno da Usiminas, em Ipatinga, Minas Gerais, Brasil 17/04/2018. Crédito: Alexandre Mota/Reuters Usada em 25-10-19

Prevista para ocorrer inicialmente entre 2021 e 2022, a reforma do alto-forno 3, o de maior capacidade produtiva da planta industrial de Ipatinga, no Vale do Aço, da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), foi adiada por um período de 12 meses. Sem dar maiores detalhes ou justificar a nova data, a companhia informou ao mercado que o equipamento continuará operando normalmente até meados de 2022, quando a reforma será efetivada.

Em maio, a siderúrgica oficializou, por meio de fato relevante, a aprovação de R$ 1,234 bilhão por parte do Conselho de Administração para a referida obra, a ser desembolsado até 2022. Na época, a empresa informou ainda que, do total, cerca de R$ 1,147 bilhão seriam desembolsados em 2020 e 2021. Os investimentos envolvem a aquisição e montagem de equipamentos, serviços e demais providências necessárias para a obra.

A companhia, inclusive, já havia iniciado algumas etapas do processo de manutenção, que inclui compra dos equipamentos que serão trocados e placas para substituir o gusa e o aço na produção, enquanto o alto-forno estiver desativado, conforme informações do presidente da Usiminas, Sergio Leite. Segundo ele, serão necessários de 100 a 110 dias de paralisação das atividades para realizar os trabalhos necessários.

“Vamos ter praticamente a construção de novo alto-forno, com novas estruturas, refratários, que permitirá uma sobrevida de pelo menos mais 20 anos para o equipamento”, explicou em entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, no início do ano.

Atualmente, a planta industrial de Ipatinga conta com 3 altos-fornos. Os equipamentos 1 e 2, juntos, produzem cerca de 4 mil toneladas de ferro-gusa por dia. Já o alto-forno 3 possui capacidade de produzir cerca de 7 mil toneladas ferro-gusa diariamente.

No início do ano passado, a companhia reformou o alto-forno 1 da unidade sob investimentos de R$ 80 milhões. Na época, a reativação do equipamento levando a empresa à fabricação em plena carga. Antes, porém, a estrutura havia ficado parada por 34 meses, em virtude da crise vivida pelo setor no mercado internacional a partir de 2015 e o cenário recessivo brasileiro.

No final de 2018, a companhia realizou uma parada programada no alto-forno 3 para manutenção e substituição de staves. O procedimento é adotado de tempos em tempos para realizar reparos no interior do equipamento para manutenção da segurança operacional e dos níveis de produção.

Projeções – Este não é o único projeto da Usiminas adiado em 2019. Em julho, a companhia divulgou a previsão de investimentos 20% menores para este exercício, cujas projeções diminuíram de R$ 1 bilhão para R$ 800 milhões, devido a uma série de fatores, entre os quais, a lenta retomada da economia brasileira. Também naquele mês, a siderúrgica decidiu adiar a apresentação de uma nova linha de galvanização, ao Conselho de Administração, pelo mesmo motivo.

O projeto, que vem sendo trabalhado desde o ano passado e teve as primeiras informações divulgadas pelos próprios executivos da siderúrgica em abril de 2018, foi adiado pela segunda vez. É que meses depois, a companhia admitiu a decisão de deixar a apreciação da medida pelo conselho para 2019.

No início deste exercício, o presidente Sergio Leite, confirmou que o projeto estava entre as três grandes frentes de trabalho da Usiminas e que a previsão era de que fosse aprovado até o fim do ano. Além da criação da nova linha de galvanização, ele se referia ainda à reforma do alto-forno 3 da usina de Ipatinga e à retomada da produção de aço bruto em Cubatão (SP).

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