Rio de Janeiro – A Petrobras elevou ainda mais o nível de utilização de suas refinarias em junho, causando uma queda expressiva das exportações de petróleo pelo Brasil, informou a petroleira estatal à Reuters, em uma resposta por e-mail, ao retomar participação de mercado interno na oferta de combustíveis. As exportações de petróleo do País somaram 2,86 milhões de toneladas em junho, queda de 24,3% ante maio e recuo de 53,8% em relação a um ano antes, apontaram dados oficiais do governo federal. O movimento ocorre ainda em meio a uma queda das importações de diesel, combustível mais consumido no Brasil. As compras externas do combustível fóssil, no sexto mês do ano, somaram 688.903 metros cúbicos, uma queda de 45% ante junho de 2017 e um recuo de 8,8% em relação a maio, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Analistas de mercado e importadoras vêm afirmando que a Petrobras está praticando preços abaixo da paridade de importação, desestimulando as importações por empresas concorrentes. “Olhando a tendência ao longo do último mês, no máximo dois meses atrás, a gente vê que tanto gasolina quanto diesel, principalmente a gasolina, começaram a cobrar um preço abaixo da paridade… Esses aspectos devem estar desestimulando as importações”, disse o analista de petróleo da Tendências, Walter De Vitto. A petroleira não forneceu detalhes sobre o fator de utilização de suas refinarias, que, juntas, têm capacidade para processar 2,176 milhões de barris por dia (bpd) no País. A Reuters publicou em junho, com base em informações de uma fonte da Petrobras com conhecimento do tema, que o fator de utilização das refinarias da empresa já havia subido para 85% entre abril e maio, ante 67% no fim de 2017. Recuo nas vendas – O cenário de aumento do refino ocorre ainda em meio a um recuo, no acumulado do ano até maio, de 0,6% nas vendas de diesel pelas distribuidoras e queda de 11,1% nas de gasolina, segundo os dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No mesmo período, as vendas de todos os combustíveis caíram 1,1%. Alexandre Szklo, professor de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, afirmou à Reuters que a demanda de combustíveis ainda sofre impactos da economia do País, que vem da pior recessão em décadas. Também contribuiu com a queda acumulada das vendas uma greve histórica de caminhoneiros em maio contra os altos valores do diesel, que após o lançamento de uma nova política de preços da Petrobras, em 2016, deveriam ficar acima da paridade de importação, seguindo indicadores internacionais.
COTAÇÃO DE 16/06/2022
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