Volta do uso obrigatório de máscaras preocupa representantes do comércio e de serviços de BH

14 de junho de 2022 às 17h25

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Crédito: Charles Silva Duarte/Arquivo DC

O retorno do uso obrigatório de máscaras em ambientes fechados de Belo Horizonte, conforme determinação da Prefeitura, preocupa entidades representativas do comércio e de serviços da cidade. A decisão do executivo municipal levou em conta o aumento no número de casos de doenças respiratórias registrado nas últimas semanas e começou a valer nesta terça-feira (14).

A medida ficará em vigor até 31 de julho, quando se espera um cenário mais controlado da transmissão do vírus na Capital. O uso de máscaras estava desobrigado desde o fim de abril. O retorno foi anunciado pela secretária Municipal de Saúde, Cláudia Navarro. Segundo ela, a ação busca evitar não apenas novos casos de Covid, mas também de outras viroses.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), Matheus Daniel, avalia a volta das máscaras como desnecessária neste momento. A justificativa é que a população precisa aprender a conviver com a doença. E o que falta são informações mais claras da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

“O importante seria a Prefeitura mostrar os números e o perfil da gravidade da doença neste momento. Em se confirmando que se trata de pessoas não vacinadas, fazer campanhas direcionadas a esse público. E também para que entenda a necessidade de vacinar as crianças, que segue com índice baixo de vacinação”, avalia.

Já a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) disse, por nota, que desde o início da pandemia vem promovendo diversas campanhas educativas incentivando o uso de máscaras como medida protetiva. Mas que entende que o momento atual é diferente de situações anteriores, quando eram elevados os números de mortes, casos graves e internações.

“A obrigatoriedade do uso de máscaras vai afetar diretamente o setor de comércio e prestação de serviços na cidade, uma vez que reduz a circulação de pessoas. Entendemos que o uso facultativo da máscara é muito mais educativo e eficaz do que simplesmente obrigar as pessoas a usar o equipamento”, diz o documento.

Por outro lado, o presidente do Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), Nadim Donato, acredita que a medida poderá ser revista antes mesmo do prazo decretado pela prefeitura. Conforme ele, o prefeito Fuad Noman (PSD) garantiu que a ação visa apenas a desaceleração da contaminação pelo coronavírus na capital mineira e que, tão logo os índices baixem, haverá nova liberação.

Além disso, Nadim Donato não vê impacto negativo nos negócios, tampouco em um novo fechamento do comércio. “De maneira alguma haverá novo fechamento. Acredito que máscara é algo que vamos ter que nos habituar daqui para frente, pois se tornou uma defesa para o ser humano”, afirma.

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