Bolsonaro sanciona lei e amplia limite de saque imediato para R$ 998

13 de dezembro de 2019 às 0h03

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Crédito: REUTERS/Adriano Machado

São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro sancionou ontem, com vetos, a lei que criou o programa de saques dos recursos de contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), com a ampliação do limite para a retirada dos recursos este ano aprovada pelo Congresso.

Os trabalhadores que tinham até R$ 998 em conta do FGTS até 24 de julho – data da edição da medida provisória agora convertida em lei – poderão sacar a totalidade dos recursos até o final do ano.

A MP original previa um teto de saque de R$ 500 este ano, independentemente do valor depositado na conta, mas o limite foi elevado no Congresso para contas com valores de até um salário mínimo, com a anuência do governo.

“Esses valores serão pagos até o final do ano e deverão injetar cerca de R$ 3 bilhões na economia”, afirmou a Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto em nota.

A lei também acabou com o adicional de 10% pago obrigatoriamente ao governo em caso de demissão sem justa causa.

MCMV – O presidente vetou trecho da lei aprovada pelo Congresso que fixava limites aos descontos concedidos à população de baixa renda nos financiamentos subsidiados com recursos do FGTS do programa Minha casa, minha vida.

O texto aprovado determinava que esse benefício não poderia ultrapassar 33,3% da soma do resultado do FGTS e do valor total dos benefícios pagos no exercício anterior. Também estabelecia que os benefícios só poderiam ser concedidos caso o Conselho Curador do FGTS avaliasse que isso não prejudicaria a remuneração do fundo.

“Ocorre que tal proposta contraria o interesse público, pois reduz drasticamente os descontos concedidos para famílias de baixa renda no programa Minha casa, minha vida, reduzindo o acesso ao programa pela camada mais necessitada da sociedade”, afirmou o Ministério do Desenvolvimento Regional ao defender o veto, acrescentando que a iniciativa também aumentaria o lucro do FGTS, favorecendo “as camadas sociais de maior poder aquisitivo”. (Reuters)

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